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Crime da Mamarrosa // Mamarrosa // Oliveira do Bairro  

Arguido pede “mil perdões” e família da vítima quer condenação de 25 anos

“Quero pedir mil perdões. Sei que nunca aceitarão e nunca compreenderão o que aconteceu”, foram as primeiras palavras proferidas por Ferreira da Silva, que começou, na quinta-feira, dia 6, a ser julgado por um tribunal de júri em Anadia.

Acusado da prática de um crime de homicídio qualificado e de detenção de arma proibida, Ferreira da Silva terá assassinado Claúdio Rio Mendes, um advogado do Porto, pai da sua neta, no dia 5 de fevereiro de 2011, no Parque do Rio Novo, na Mamarrosa.

O arguido, que se encontra em prisão domiciliária na sua casa na Mamarrosa, contou ao coletivo de juízes e aos jurados que “os últimos momentos com o Cláudio foram vistos por mim com os olhos embaciados. O Cláudio, sendo uma pessoa doente, não devia ter tido aquele fim. Devia ter sido curado. Devia ter sido tratado num hospital”, disse Ferreira da Silva.
Sublinhou ainda que foi muito amigo de Cláudio e que sempre o considerou como um filho. “Frequentava a minha casa e éramos muito amigos. Tudo correu maravilhosamente até 15 dias antes do nascimento da minha neta.”

Sábado aziago. Ferreira da Silva, ao longo de três horas, contou de forma detalhada os vários episódios vivenciados com Cláudio Rio Mendes, afirmando que “Cláudio era uma pessoa perturbada. Cheguei a levar o Cláudio a um psiquiatra. Se ele tomasse os três comprimidos ficaria como um doce. Esta foi a expressão do dr. Carlos Pereira”, disse o arguido, explicando que, segundo o Celso, o irmão dele, “o Cláudio padecia de uma perturbação paranóide”.

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