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Bairrada // Mealhada  

Mealhada: Mulher dada como morta sai quase ilesa de acidente

Uma colisão entre um camião e um ligeiro de passageiros, no IC2, junto ao acesso à Zona Industrial de Viadores, concelho da Mealhada, provocou três mortos e dois feridos graves, segundo fonte dos bombeiros.
O acidente terá ocorrido por volta das 9h de segunda-feira, dia 30 de setembro, quando o camião, que circulava no sentido sul-norte entrou, supostamente, em despiste e abalroou o ligeiro que seguia em sentido contrário, com quatro ocupantes, três deles mortos no local, segundo a mesma fonte.
Segundo apurou o JB, seguiam no veículo ligeiro duas senhoras residentes na Freguesia de Antes (Mealhada), Belandina Santos, de 88 anos, e Juliana Rosa de 91 anos (ambas falecidas), que iam em viagem com o filho da primeira, Ambrósio Santos, de 60 anos (também vítima mortal), e com a esposa Manuela Madeira, da mesma idade.
Apesar de informações que davam conta de que Manuela Madeira teria falecido a caminho do hospital, confirmamos que as notícias vindas a público foram erradas, na medida em que Manuela se encontra nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), livre de perigo, e no fecho desta edição, na tarde de terça-feira, aguardava relatório médico para avaliar a necessidade de ser sujeita ou não a uma intervenção cirúrgica por apresentar uma fratura no úmero, disse ao JB o filho da acidentada, Paulo Madeira.
“A minha mãe saiu praticamente ilesa desta tragédia, como por milagre, mas está bem, não está em perigo”, disse Paulo Madeira, lembrando que no dia do acidente foi confrontado no local com o pior cenário, ou seja, com a morte dos quatro ocupantes, situação que disse só ter esclarecido perto das 17h daquele fatídico dia. “Foi um dia de contradições, primeiro dizem-me que perdi o meu pai, a minha mãe, a minha avó e tia. Depois, mais tarde confirmo que a minha mãe está viva, foi uma pequena compensação de alegria para um dia muito triste”, disse.
Paulo Madeira, residente em Castelo Branco, contou ao JB que os pais passeavam frequentemente com a sua avó e tia, mas na passada segunda-feira “a viagem mal tinha começado e tiveram a infelicidade de ter estado no local errado, na estrada errada”. Emocionado com o relato, disse ainda que os ocupantes do veículo e a cadela Kika (que também morreu), da sua avó, viajavam para a terra-natal da sua mãe, Manuela Madeira, para a pequena aldeia de Espírito Santo, no concelho de Mértola.
Entretanto, não conseguimos até ao fecho da edição confirmar o estado de saúde do condutor do camião, considerado como ferido grave neste acidente.
Estiveram no local 10 viaturas e 21 operacionais dos bombeiros de Pampilhosa, Mealhada e Cantanhede e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Centro Hospitalar de Coimbra. O trânsito esteve cortado em ambos os sentidos e depois condicionado, com desvio pelo interior da Zona Industrial de Viadores, até ao início da tarde.
JPT