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Anadia // Bairrada  

Anadia: Henrique Fidalgo chocado com divulgação da vida interna da Concelhia do PSD

Henrique Fidalgo, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD, diz-se chocado com a postura do vereador Jorge São José (PSD) que, na última reunião pública do executivo de Anadia, tornou pública uma carta pessoal que lhe fora enviada por si, retirando-lhe a confiança política.
Henrique Fidalgo diz agora que foi “uma falta a todos os níveis” já que nunca terá sido intenção da Concelhia que lidera tornar público um assunto que diz ser “exclusivamente uma matéria interna da Concelhia”.
“É uma questão do foro interno, temos estatutos e regras que dizem quem dá as orientações políticas, neste caso a Comissão Política Concelhia”.
Ainda que reconheça haver tensões dentro da Concelhia desde janeiro, após as eleições que o elegeram para líder da Concelhia, Henrique Fidalgo lamenta que nessa altura não tenha aparecido nenhuma lista. “Ninguém teve coragem para dar a cara, para ir a votos”, criticando veemente que, agora, um “grupo tente causar ruído porque nas autárquicas nunca aceitou a derrota como sua, tentando arranjar alvos”.
Reconhecendo também que a Concelhia não promove um plenário de militantes desde janeiro (devem acontecer de três em três meses), diz que nenhuma Concelhia leva a calendarização dos plenários à risca e que isso é coisa que não o preocupa: “Quem define a agenda política local é a Comissão Política Concelhia do PSD”. Por isso, defende haver “um grupo de pessoas que quer perturbar a Concelhia, movidos por interesses individuais e que, esquecendo-se da lógica de grupo, estão à margem das orientações da Comissão Política do PSD”.
Admitindo existir matéria para avançar com um processo disciplinar contra o vereador Jorge São José (por ter revelado o conteúdo de uma carta com informações relacionadas com a forma de trabalhar, de preparar reuniões, de discutir e escolher assuntos), Henrique Fidalgo diz que esse não será o caminho a seguir: “o vereador continuará a ser vereador do PSD, embora lhe tenha sido retirada a confiança política”.
Catarina Cerca