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Bairrada // Oliveira do Bairro  

Menos voluntários e menos alimentos recolhidos

No concelho de Oliveira do Bairro foram recolhidos, em finais de maio, 4.698 quilos de alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome, contra os 4892 quilos da campanha homóloga efetuada em maio de 2015, o que representa uma diminuição de 3,97%. O concelho de Oliveira do Bairro ficou posicionado em 11.º lugar entre os 19 do distrito de Aveiro em quantidades recolhidas.
Segundo Fernando Castro, presidente do Rotary de Oliveira do Bairro, que coordenou a campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome, “as recolhas conseguidas no concelho de Oliveira do Bairro desde 2009 têm sido superiores a 10 toneladas por ano, tendo em 2012, em plena crise socioeconómica, superado as 12 toneladas. A partir desse ano, porém, começaram a diminuir, situando em 2015 no valor mínimo de 10 toneladas”. “Esta diminuição, apesar de ser inferior à média distrital de 5,57%, não nos consola, apenas nos estimula a prosseguir a luta contra a fome no nosso concelho, a qual a todos deve envergonhar”, refere Fernando Castro, que agradece a todos os voluntários e doadores que colaboraram na campanha, lembrando que “o lema rotário “Dar de si antes de pensar em si” pode e deve ser praticado por todos. “Todos ficaremos a ganhar.”
Fernando Castro explica ainda que “a iniciativa «Alimentar esta ideia» tem contado sempre com a colaboração rotária, não só no nosso concelho, mas por todo o país, tanto mais que alguns clubes, incluindo o de Oliveira do Bairro, já desenvolviam ações idênticas ainda antes da criação do Banco Alimentar”. “Felizmente, o Banco Alimentar Contra a Fome tem sido uma das várias instituições que, independentemente de algumas críticas descabidas, sempre estiveram na linha da frente na luta contra este flagelo, vezes demais escondido, procurando minorar as necessidades de muitos milhares de carenciados do nosso país e assim combater a exclusão social”, acrescenta o presidente do Rotary de Oliveira do Bairro, justificando que “os alimentos recolhidos em diversos locais, são depois distribuídos pelas instituições de solidariedade social que, por sua vez, os redistribuem às famílias que assistem”.
Este responsável acrescenta ainda que “é uma nobre ação baseada no voluntariado que, duas vezes por ano e durante dois dias, envolve milhares de pessoas em todo o país, integrando inúmeras organizações. Alguns dos voluntários são recrutados pelas instituições beneficiárias dos bens recolhidos, mas a maior parte pertence a outras organizações ou são simplesmente voluntários a título individual”.

Voluntariado. Fernando Castro diz ainda que “no concelho de Oliveira do Bairro, o número de voluntários envolvidos nos dois dias do peditório, que já chegou a ultrapassar uma centena, atualmente mobiliza pouco mais de 60, muito aquém do que seria desejável, dado que o número de horas de ocupação ultrapassa as 200h. Há voluntários que chegam a estar 9 horas e mais de forma contínua, num mesmo posto de recolha, o que diz bem do espírito abnegado de solidariedade dos mesmos”. “Mesmo assim, face à diminuição de voluntários, há períodos em que não é possível fazer a cobertura, o que indubitavelmente afeta o resultado da recolha. É que o concelho de Oliveira do Bairro conta com 11 locais de recolha, sendo, a nível do distrito de Aveiro, o 5.º concelho com maior número de postos de recolha”, acrescenta Fernando Castro, apelando “às instituições beneficiárias envolvidas – normalmente entre 10 e 15 – para implementarem ações que levem ao recrutamento de mais meios humanos”. “Afinal, os géneros recolhidos destinam-se a ser-lhes entregue, para que elas, por sua vez, os possam distribuir pelas populações que assistem e assim poderem cumprir melhor as suas missões”, defendeu.