Toneladas de lamas, provenientes da queima de escória e de sucata de alumínio, estão depositadas a céu aberto nas traseiras da empresa Metalsa, localizada nas proximidades do Lidl, em Oliveira do Bairro. Os moradores das imediações temem que os lençóis freáticos sejam contaminados.
A Metalsa, agora encerrada, era uma empresa que se dedicava à queima de escória e sucata de alumínio e que, durante muitos anos, libertava fumos e cheiros, o que indignava os moradores das imediações.
Entretanto, a empresa fechou e uma enorme quantidade de lamas, que estavam depositadas nas traseiras, nunca foram removidas. Agora a população está, novamente, indignada e diz não perceber como é que se pode deixar aquela quantidade de lamas abandonadas, correndo o risco de contaminar os lençóis freáticos.
Um dos moradores, sob anonimato, diz não entender como é que as entidades responsáveis não fiscalizam aquele local.
Recorde-se que, por várias vezes, a poluição, alegadamente provocada pela Metalsa, mereceu a preocupação dos deputados da Assembleia Municipal. Em dezembro de 2011, o deputado do PS Armando Humberto Pinto, denunciou que a empresa andava a poluir as couves de alguns quintais. Naquela altura, Armando Pinto afirmou ter relatos de pessoas que se queixavam que as couves do quintal apareciam cobertas com cinzas, assim como a presença de fumos e cheiros intensos naquela zona.
Nessa mesma altura, o então administrador da Metalsa, Luís Nunes, disse estranhar as declarações do deputado, argumentando que “a empresa tem tido muito cuidado com o ambiente”. Contudo, o próprio Lidl fez saber que os cheiros eram insuportáveis.
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