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Anadia

O relatório, elaborado pelo ICERR (Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária) é claro e não deixa (27 Mar / 8:33)

Anadia – Ponte de Canha, sobre o Rio Cértima

Vistoria apontou para a necessidade de efectuar trabalhos de conservação e reconstrução

– Há 10 meses à espera de obras

Catarina Cerca

O relatório, elaborado pelo ICERR (Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária) é claro e não deixa margens para dúvidas: a ponte de Canha, sobre o Rio Cértima, vistoriada em Maio do último ano, “necessita de trabalhos de conservação, nomeadamente reconstrução de guarda corpos, limpeza do sistema de drenagem inerente à obra de arte e limpeza geral da obra de arte e corte de vegetação dos taludes adjacentes.”
Esta foi a informação disponibilizada a JB pelo Gabinete de Comunicação e Imagem do ICERR, que avançou ainda que a referida vistoria foi elaborada no âmbito do Programa Nacional de Inspecção de Obras de Arte efectuado pelo ICERR.
Uma vistoria, feita há mais de 10 meses, mas que, na verdade, até aos dias de hoje, não passou disso mesmo. Quem passa pelo local, apercebe-se que, até à última semana do mês de Março, ainda nenhum trabalho de conservação e reconstrução foi efectuado na referida ponte.
Com perto de um século de vida, a velha ponte sobre o Rio Cértima, há vários anos, que não sofre qualquer tipo de intervenção, situação facilmente detectada pelo estado de degradação em que se encontram os muros laterais (guarda corpos) que, nalguns pontos, já se começaram a desmoronar. Um problema que, se não afecta directamente os veículos que por ali circulam, começa a colocar em risco a segurança dos peões e de muitas pessoas que passam por aquela apertada ponte, de bicicleta ou de motorizada. Aliás, a ponte que muitos populares alegam necessitar de um alargamento, não possui bermas, ou passeios por onde as pessoas possam passar em segurança, pelo que todos os que nela circulam a pé fazem-no lado a lado com todo o tipo de viaturas que, muitas das vezes, o fazem a grande velocidade.
Depois da tragédia que se abateu sobre a Ponte Hintze Ribeiro, que ligava Castelo de Paiva a Entre-os-Rios, o “fantasma” da insegurança das pontes começou a marcar a ordem do dia e, pouco a pouco, começaram a ser reveladas situações preocupantes que tal como esta que, até hoje, continua à espera por obras, sem data marcada, na medida em que, de acordo com o ICERR, as obras de conservação e recuperação dos guarda corpos laterais encontram-se em fase de programação.
Refira-se ainda que esta ponte se situa em pleno trajecto da EN 235, que faz a ligação entre a Malaposta e a vila de Oliveira do Bairro, passando por Sangalhos, sendo percorrida diariamente por vários milhares de veículos, muitos deles pesados, de grandes dimensões.
O ICERR avançou ainda ao nosso jornal que o projecto do troço da EN 235, entre o cruzamento da EN1 e o início da variante Oliveira do Bairro – Sangalhos, que inclui a obra de arte em referência, se encontra em fase de reformulação por parte do ICOR (Instituto para a Construção Rodoviária).

(27 Mar / 8:33)