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Estabilidade e Crescimento

director

Algumas siglas entram cada vez mais no nosso dia-a-dia. É o caso de PEC,( Plano de Estabilidade e Crescimento) de que já conhecemos algumas  medidas.

Todos os planos têm uma coisa em comum. São programas de intenções que, só depois de implementados, pudemos medir o nível de afastamento que tiveram com a realidade final. Projectar, a 4 anos de distância não, é fácil, mas também não é simples explicar ao povo, depois de o habituarmos a gastar à tripa forra, que tem voltar a apertar o cinto, não sei quantos furos.

A conselho (ou por imposição) da Europa, vai ser um projecto duro de cumprir. Avisam-se sacrifícios nos salários embora, como sempre,  já se estimem 20% de excepções, por acaso, naquelas empresas públicas que dão sistematicamente prejuízo.

Na semana passada, antes do PEC, o Governo garantia que não aumentava impostos  e apostava que o crescimento económico se faria, incrementando o investimento público megalómano. Parece que Sócrates recuou nas duas posições. Vamos pagar mais impostos e vão fazer menos daquelas obras mas, ao que  parece, só lá para Lisboa.

O que me preocupa, até porque não conhecemos o plano, mas apenas algumas partes, é aquela que nos propõem para dar a sensação que está tudo a ir sobre rodas. Refiro-me à venda de património com que o governo prevê encaixar seis mil milhões de euros com privatizações. Este montante é apenas um número impossível de validar e que nem sabem quanto é.

Alguém compra as ditas empresas por este dinheiro?

É um velho truque, também usado na orçamentação das autarquias. As receitas efectivas nalgumas câmaras municipais são 2 e mais vezes inferiores ao que colocaram nos orçamentos. Sabem o que fazem para ultrapassar este problemas? Colocam listas enormes de terrenos à venda, que nunca se alienam, apenas porque não há compradores. Nem vendendo ao desbarato, todo o concelho, atingiam tais números. Este artifícios apenas escondem dívidas.

Ao menos uma coisa positiva; a chuva deste ano, já garantiu, 72% do consumo de luz até Fevereiro.