Inaugurada no passado fim-de-semana, a V Semana Cultural de Vagos encerra domingo depois de cumprir a missão a que se propôs, e tentar demonstrar (com sucesso) que, afinal, não existe uma cultura única.
Isso mesmo foi referido pela vice-presidente da Câmara, Albina Rocha, que com Carlos Neves, presidente da Assembleia Municipal, deu o “pontapé de saída” à edição deste ano. “É necessário tentar impedir que a cultura seja, apenas, apanágio de um grupo minoritário, intelectual e economicamente favorecido”, argumentou Albina Rocha.
Com inúmeros atractivos, para miúdos e graúdos, com destaque para os espaços de exposição, feira do livro, ateliês e mostra de artes e ofícios e artesanato, o certame conta, ainda, com a participação das escolas, IPSS e associações culturais e recreativas. E tem, como não podia deixar de ser, uma mostra gastronómica, coordenada por alguns restaurantes locais.
Este ano, o desafio central da iniciativa camarária é “Vagos um concelho biodiverso”. Com animação cultural todas as noites, pelo palco do anfiteatro municipal já passaram “Roncos e Coriscos” e o artista vaguense Manuel Freire (que actuou no domingo, 25 de Abril). As restantes noites têm sido dinamizadas por alunos da Secundária de Vagos, Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural e Agrupamento de Escolas.
Para hoje, o Colégio de Calvão reedita “25 anos, grãos de areia tornadas sementes”, que foi apresentado no decorrer da Feira de Prendas e Cultura, realizada naquele estabelecimento de ensino.
Para o fim-de-semana, destaque para o festival de folclore, espectáculo equestre “Horse Music” e para a actuação do Grupo “ÓQTRUP RIT”. Serão, ainda, apresentados os livros “O burro Eleutério e o lobo selvagem”, de Pedro Bessa e Cláudia Rocha (actual vereadora da Cultura); “Eu só vejo cores”, de Alice Sarabando e Lilia Cipriano; e “Gafanha da Boa Hora e a gesta do seu emigrante pioneiro”, da autoria de Manuel Costa.
Eduardo Jaques