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Bairrada // Mealhada  

Exemplo da Batalha do Buçaco aplicado ao presente

O exemplo dos portugueses que, há 200 anos, ao lado dos aliados ingleses, e comandados pelo general Wellesley, se superaram, vencendo os soldados do Marechal Massena, deve ser reinterpretado à luz dos dias de hoje, altura em que o país atravessa um momento de grave crise. “Devemos seguir o exemplo dos bravos soldados que aqui se bateram, o exemplo de fraternidade e solidariedade dos frades carmelitas descalços, e dizer como o Moleiro de Sula: «eles [exército francês] não hão-de passar». O povo português irá dizer, com certeza, que a crise não nos vai dominar. Tudo faremos para que ela volte para trás”, afirmou convicto o presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, no âmbito das cerimónias militares e protocolares do bicentenário da Batalha do Buçaco, presididas pelo presidente da República, na última segunda-feira, 27 de Setembro. Neste dia em que passavam exactamente 200 anos sobre a célebre batalha, também Cavaco Silva, junto ao monumento comemorativo da mesma, invocou o exemplo dos portugueses que, “no passado, souberam sempre vencer a adversidade e decidir, em liberdade, o seu próprio futuro como Nação soberana e independente”. “Também hoje, para vencer os grandes desafios que enfrentamos, dependemos sobretudo da nossa determinação e do nosso esforço colectivo. Temos o dever, perante os nossos antepassados e perante nós próprios, de nos unirmos em torno de soluções corajosas, justas e responsáveis, que permitam assegurar um futuro de desenvolvimento, segurança e bem-estar para Portugal”, concluiu o Chefe de Estado.
Antes ainda de presidir às cerimónias, Cavaco Silva foi recebido no Palace Hotel do Buçaco, onde lhe foi entregue pelo autarca da Mealhada, a medalha de prata comemorativa do bicentenário.
Esta cerimónia insere-se num conjunto de iniciativas que a Câmara Municipal tem vindo e continuará a realizar, evocando, como afirmou o autarca, “uma data sagrada para a população do concelho da Mealhada, que ficou profundamente marcada e que ainda hoje perdura”.
Oriana Pataco
oriana@jb.pt