A nova Igreja de Arcos deverá ficar concluída até final deste ano. Ciente do muito trabalho que ainda haverá pela frente, a previsão feita pelo pároco Torrão, será como que uma “prenda” no sapatinho da paróquia de Arcos.
As obras recomeçaram em Janeiro deste ano e no passado mês de Julho já era visível o início da colocação da caixilharia em alumínio, deixando antever que o templo seria fechado dentro em breve. “Até ao final deste mês toda a obra fica fechada”, admitiu o pároco.
No interior, os pavimentos, revestimentos e colocação de tectos falsos avançam a bom ritmo. “A área é que é muito grande, o que contribui para a demora dos trabalhos”, diz.
Depois de fechada, o pároco acredita que vão avançar em força as pinturas interiores, colocação de carpintarias, louças sanitárias, aquecimento central e instalações eléctricas. Obras que não são visíveis da rua mas que continuam a precisar de toda a colaboração e generosidade dos paroquianos, até porque o tempo integra quatro salas de catequese, duas capelas mortuárias, salas de apoio, cartório e um pequeno auditório. “É uma obra muito grande e a sua dimensão fez com que se protelasse no tempo”, admite o pároco, reconhecendo também que muitos dos seus paroquianos só vão acreditar na conclusão da obra quando a virem pronta e a funcionar.
“Iniciada em 1998, portanto há 12 anos, a obra sofreu vários atrasos, estando agora a actual Comissão Fabriqueira da Igreja a contar com a colaboração dos paroquianos, empresas e autarquia para a conseguir levar a bom porto, dentro dos prazos previstos.
Derrapagem. A obra, inicialmente orçada em 600 mil euros, deverá ascender a um milhão e quinhentos mil euros. Passaram 12 anos e muitas dores de cabeça, devido à falta de verbas para realizar tamanha empreitada.
Daí que a Comissão Fabriqueira continue a apelar ao apoio e generosidade da população e empresas da região. Ajudas sempre bem vindas, muito embora o pároco Torrão reconheça que a população tem sido participativa, destacando os donativos de duas empresas do concelho: Pavigrés que deu a totalidade do material cerâmico e da Primefix que ofereceu toneladas de cimento cola, mas também de muitas pessoas da comunidade que têm sido muito generosas com a obra, dando dinheiro ou trabalhando nela voluntariamente.
“Temos ainda pessoas que não são paroquianas, mas que têm ajudado a ultrapassar muitos problemas e dificuldades que vão surgindo”, acrescentou.
Longe de poder pagar a obra na totalidade, o pároco admite que a sua urgência até porque as condições em que crianças e catequistas trabalham não é a melhor. “Temos catequese em garagens, na Igreja de Arcos (velha) ou até na Capela de Anadia”, acrescenta. Depois, é um facto que a Igreja de Arcos, em dias de festa não comporta tantos fiéis.
De acordo com o pároco, as obras serão concluídas faseadamente: primeiro a Igreja e as salas de catequese. Depois, o rés-do-chão onde vão ficar duas casas mortuárias, um anfiteatro e salas de apoio. Para os arranjos exteriores vai ser necessário o apoio da Câmara Municipal.
Catarina Cerca