A Biblioteca Municipal Manuel Alegre foi inaugurada no sábado, dia 16. Um equipamento que, segundo Gil Nadais, presidente da Câmara Municipal de Águeda, “serve todos os aguedenses e que não se fecha sobre si própria, procurando ir também ao encontro dos públicos”.
Aproveitou também para referir que a escolha de Manuel Alegre para patrono da Biblioteca foi um “acto pacífico” decidido, unanimemente, em reunião de Câmara, porque “Águeda faz-se com todos, com todos os seus valores, com todos aqueles que podem contribuir”, referiu.
Comovido com a biblioteca moderna e bem equipada, Manuel Alegre evocou os seus companheiros de escola, lembrando que era “dos poucos que usava sapatos”. “Essa diferença marcou-me sempre”, confessou.
Recordou ainda os ritmos de Águeda, os seus ofícios, a toada musical da sua fala, “que ficou na escrita e nos poemas”.
“É algo impensável para mim quando era menino que um dia pudesse assistir na minha terra à inauguração de uma biblioteca com esta modernidade e com espírito de ser uma biblioteca aberta a todos”, confessou Manuel Alegre, que fez questão de agradecer a todos, mas “sobretudo àqueles que, pela luta que travaram através dos tempos, tornaram possível a democracia”, porque “este bem público que está aqui é um fruto cultural da nossa democracia”.
Após a inauguração, ouviu-se, no Cine-Teatro S. Pedro, a reposição de “Alma-Cantata Profana”, baseada no livro de Manuel Alegre, “Alma”.