Criado pela Câmara Municipal de Anadia, o Fundo Social “Por uma causa social”, destinado a melhorar as condições de vida de famílias carenciadas do concelho, vai ser alvo de uma revisão ao seu regulamento. Isto porque, de acordo com a responsável pela Rede Social de Anadia, Dora Gomes, existem pelo menos 13 candidaturas ao Fundo Social que não podem ser contempladas porque apresentavam uma situação de vida não enquadrável nos termos do regulamento em vigor.
O assunto foi analisado pelo executivo, na última reunião de Câmara, realizada na penúltima quarta-feira, tendo sido solicitada à técnica superiora, Dora Gomes, a elaboração de uma proposta de alterações a efectuar ao regulamento por forma a que este possa novamente vir à Câmara para posterior análise e discussão.
Segundo Dora Gomes, casos de “famílias monoparentais femininas” são impedidos de recorrer ao Fundo Social, assim como “mulheres com filhos a cargo, que perante situações de divórcio vivem actualmente com várias dificuldades sócio-económicas”.
Segundo a informação prestada por Dora Gomes, “são trabalhadoras, na sua grande maioria trabalham na qualidade de operárias fabris e auferem o ordenado mínimo nacional”.
Munícipes a braços com despesas mensais relacionadas com habitação, educação dos filhos, mas sem qualquer outro suporte económico para além do seu e, por isso, a solicitarem um apoio – Fundo Social – ao qual não têm, por agora, acesso. O projecto de alteração ao regulamento do Fundo Social subirá novamente à Câmara para análise do executivo, o que deverá acontecer, o mais tardar, na última reunião de Janeiro de 2011.
Durante a Assembleia Municipal, realizada na tarde do mesmo dia, Litério Marques fez saber aos deputados que poucas famílias foram, até ao momento, contempladas pelo Fundo, daí o pedido de alteração ao seu regulamento. “A Câmara, em final de Janeiro, aprovará novos estatutos que contemplem mais famílias , que seja mais abrangente”, sublinhou.
CC