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Bairrada // Oliveira do Bairro  

Professores dos CEF contestam carta anónima

Uma carta anónima remetida, alegadamente, por dezenas de professores do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, onde são denunciados comportamento menos correctos dos alunos do Curso de Educação e Formação (CEF), motivou um abaixo-assinado de 31 dos 32 professores que leccionam nestes cursos. Os professores, unidos, estão indignados com a carta, já que a mesma não reflecte o que acontece com estes cursos.

Na carta, anónima, enviada a diversas entidades, é referido que “os alunos do CEF apresentam condutas, atitudes e comportamentos dignos de seres acéfalos. Apesar das dezenas de participações de ocorrência de carácter disciplinar efectuadas pelos professores, estas têm sempre o mesmo destino: o fundo da gaveta”.

Na missiva lê-se ainda que “os professores constantemente ofendidos na sua dignidade pessoal e profissional não conseguem dar aulas, nem ensinar conteúdos significativos, tentando somente manter os alunos nas salas de aulas”.

A presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, Júlia Gradeço, já veio dizer que “a existência na escola de docentes que caracterizam os seus alunos de «acéfalos», talvez justifique, em parte, as atitudes destes alunos.

Assim como a cobardia de docentes que, não assumindo os seus actos, dão, assim, um péssimo exemplo aos seus alunos, ao refugiarem-se no anonimato, não solicitando ajuda à Direcção e não colaborando com esta, com o director de turma e com a sua escola na partilha e na procura das melhores estratégias e das melhores respostas para a formação adequada destes jovens”.

Salienta ainda “o facto de alguns docentes deste agrupamento não terem ainda aceitado o papel actual da escola, com os novos desafios que cada vez mais nos colocam, parecendo-nos pelo conteúdo da carta que insistem em práticas há muito ultrapassadas”.
Júlia Gradeço afirma que a única explicação que vê no envio da carta “poderá ser apenas a necessidade de desenvolver «ataques pessoais» na tentativa de descredibilização e desmotivação da gestão, que se tem mantido unida e coesa em torno de um desiderato comum”.

Diz ainda que “também não será alheio a este facto a aproximação de um período de eleições para os novos órgãos de administração e gestão, em particular o cargo de director, e à frustração sentida por alguns elementos, julgo que felizmente poucos, de verem ser implementado, pacificamente, um Mega Agrupamento, de forma perfeitamente serena e tranquila, quando estariam à espera de momentos conturbados e de desordem organizacional”.