Os funcionários da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro deixaram de ter acesso livre à World Wide Web.
Carlos Ferreira, vereador responsável pelo apagão, justificou ao JB que “muitos funcionários passavam tempo em demasia na internet”. Neste corte criterioso, sites como Facebook, blogs [incluindo aqueles que divulgam as próprias actividades culturais da Câmara], jornais desportivos, lojas online, sites de moda, e programas de conversação (MSN) ficaram restringidos.
A medida deixou, inicialmente, alguns departamentos sem acesso a determinados sites essenciais para o bom desenrolar da sua actividade. Na Bairrada, a política seguida pelas outras Câmaras difere de concelho para concelho.
Em Anadia. Apenas sites de pornografia ou o Youtube (devido ao tráfego que gera na rede) foram bloqueados. “Os nossos funcionários são adultos e têm toda a liberdade para consultar o que bem entenderem. É importante é que façam o seu trabalho e cumpram os objectivos”, esclareceu a fonte.
Na Mealhada. Carlos Cabral, presidente da autarquia, refere que “a Câmara Municipal da Mealhada foi bloqueando os sites à medida que o Gabinete de Apoio Técnico/Serviços de Informação foi percebendo quais eram aqueles que, ao serem frequentemente acedidos, provocavam um excesso de tráfego. Neste momento, os funcionários não têm acesso a sites de downloads e a outros como o You Tube, o Facebook, o Hi5”.
“A nossa preocupação é, pois, controlar a frequência de acessos a determinados sites e garantir o bom funcionamento da internet em todo o edifício, procurando barrar os acessos que levam a um excesso de tráfego online”, referiu o edil.
Em Cantanhede. Fonte da autarquia refere que a navegação em geral é permitida, estando apenas restringidos os sites com conteúdos inapropriados. “A autarquia não tem razões para colocar em causa o profissionalismo e o sentido de responsabilidade dos funcionários.”
Águeda. A navegação nas redes sociais é permitida à excepção do Youtube, também por condicionantes de tráfego. No entanto, Gil Nadais, presidente da Câmara, diz que os funcionários não têm tempo para andar na web.
O autarca refere que a internet é vista na autarquia como uma ferramenta de trabalho, que só está disponível para aqueles que necessitam, efectivamente, de aceder à web.
Explica ainda que, “ocasionalmente, é feito um top dos maiores utilizadores da web, e depois os funcionários são chamados para justificar o volume de tráfego em determinados sites”. “Tomamos medidas sempre pedagógicas e não disciplinares”, acrescenta o presidente da Câmara de Águeda.
Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt
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