O produtor-engarrafador Mário Sérgio Nuno (Quinta das Bágeiras) não poderia estar mais satisfeito com o resultado da sua deslocação a França, mais concretamente à emblemática região de Champagne onde deu a conhecer os seus vinhos, num jantar que decorreu no conceituado restaurante “Les Berceaux”, em Épernay.
O jantar, com assinatura do internacional chef Patrick Michelon, teve lugar no dia 31 de Maio e reuniu convidados ligados à comercialização de vinhos (interessados em conhecer os vinhos portugueses) e muitos curiosos.
Sonho concretizado. O produtor bairradino há muito que está familiarizado com a região de Champagne e com a zona de Épernay. Para além de ali residirem muitos conterrâneos seus, foi também ali que adquiriu alguma da maquinaria e equipamento que utiliza na sua adega, localizada na Fogueira (Sangalhos).
Por isso, o carinho especial que tem pela região, uma das mais emblemáticas do mundo vitivinícola. “Era um sonho que acalentava há anos. Gostaria de colocar os meus vinhos naquela região e de preferência fazer a sua apresentação num restaurante de topo”, admitiu.
O sonho tornou-se agora realidade pelo facto de “ter tido a sorte” de, através de um amigo, ter conhecido o chef Patrick Michelon que, numa visita à adega ficou a conhecer alguns dos seus vinhos (brancos) que não lhe passaram indiferentes. Nesse contacto Mário Sérgio Nuno não deixou de mostrar interesse em apresentar alguns dos seus melhores néctares em Épernay. A ideia agradou ao chef que o convidou a concretizar esse desejo, num jantar no seu restaurante.
Com ementa concebida especialmente para os cinco vinhos seleccionados [Quinta das Bágeiras Garrafeira Branco 2009; Quinta das Bágeiras Garrafeira Branco 2002; Quinta das Bágeiras Bairrada Branco Reserva 1989; Quinta das Bágeiras Garrafeira Tinto 2005 e Quinta das Bágeiras Garrafeira Tinto 2000], o jantar foi “extraordinário”, disse Mário Sérgio, não deixando de sublinhar ao elevado profissionalismo do chef, quer na selecção dos pratos, inspirados na cozinha portuguesa e que melhor “casavam” com os vinhos, quer no serviço de altíssima qualidade com que foram servidos os cinco vinhos que, diga-se, por curiosidade, chegaram à cave do restaurante três semanas antes “para estabilizarem”.
Desde aquela data, os vinhos da Quinta das Bágeiras passaram a integrar a longa carta de vinhos do restaurante.
Com vinhos à venda na zona de Paris, mais concretamente na garrafeira do amigo e “Baga Friend” François Chasans [um apaixonado pelos vinhos da Bairrada que decidiu apostar na produção de vinhos na região, sendo o proprietário da Quinta da Vacariça, localizada em Horta-Anadia], Mário Sérgio destaca o facto dos seus vinhos estarem agora presentes numa região vitivinícola única no mundo como é o caso de Champagne.
“Consegui entrar num ciclo restrito, de elite, de pessoas conhecedoras do sector, num país que é referência mundial na produção de vinhos de elevada qualidade”, acrescentou, sublinhando ainda o facto de Épernay ser “uma montra” para os seus vinhos. “Esse era um dos meus objectivos: estar referenciado em meia dúzia de restaurantes daquela região”.
O primeiro passo foi dado com grande sucesso.
Na Suiça. Ainda como o objectivo de melhor posicionar os seus vinhos no plano internacional, aquando da deslocação a França, Mário Sérgio Nuno fez um pequeno “desvio” até à Suíça onde os seus vinhos foram também alvo de uma acção promocional no “Le Grand Chalet” (hotel/restaurante), em Gstaad. Foi pela mão do português Pedro Ferreira, director daquela importante unidade hoteleira que os vinhos da Quinta das Bágeiras entraram naquela região [parte alemã da Suíça].
De acordo com Mário Sérgio o contacto com Pedro Ferreira foi outra obra do acaso. O director do “Le Grand Chalet”, numa passagem pelo Algarve provou um vinho da Quinta das Bágeiras e terá ficado rendido à casta Baga e à Bairrada.
O Hotel “Le Grand Chalet” está situado numa pequena colina acima do centro da cidade de Gstaad e foi ali que Mário Sérgio conseguiu colocar também os seus vinhos.
“Pedro Ferreira é um grande entusiasta da região e dos vinhos Bairrada que considera, pela sua diferença, serem dos melhores produzidos em Portugal” revelou o produtor.
Catarina Cerca