Ferreira da Silva condenado a 20 de prisão efetiva
Ferreira da Silva, que em Fevereiro de 2011 matou a tiro o ex-companheiro da filha, foi, hoje, condenado a uma pena de prisão efetiva de 20 anos por um tribunal de júri.
O advogado de defesa, Celso Cruzeiro, vai recorrer de sentença. Até nova decisão judicial, o engenheiro António Ferreira da Silva, de 65 anos, pai da magistrada Ana Joaquina, vai permanecer em prisão preventiva, por perigo de fuga. Até então, o engenheiro esteve em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, na companhia da sua neta, filha da vítima mortal.
Já o advogado da família da vítima, José Ricardo Gonçalves, considerou que se “fez justiça”.
O crime ocorreu no dia 5 de fevereiro de 2011, quando a vítima, o advogado Cláudio Rio Mendes, visitava a filha de três anos, conforme determinado no processo de regulação do poder paternal, no parque do Rio Novo, na Mamarrosa.
Recorde-se que o procurador do Ministério Público (MP) e o advogado da família da vítima tinham pedido uma pena de prisão superior a 20 anos para o arguido, António Ferreira da Silva, de 64 anos.
Já o advogado Celso Cruzeiro, defensor do arguido, requereu a condenação do seu cliente por homicídio privilegiado, punido com pena de prisão de um a cinco anos. O causídico deixou ainda claro que este processo será discutido no Supremo Tribunal de Justiça, deixando antever que deverão ser interpostos recursos.
Acrescente-se que o arguido, acusado de um crime de homicídio qualificado, com uma moldura penal de 12 até 25 anos de prisão, foi julgado por um tribunal de júri, com três juízes e quatro jurados, num julgamento que se tinha iniciado no dia 6 de Fevereiro.