O Conservatório Artes e Comunicação Filarmónica União de Oliveira do Bairro (CACFUOB) prestou, no último sábado, homenagem a Miguel Ramiro, figura marcante da história da instituição e do associativismo em Oliveira do Bairro. Durante os vinte anos em que presidiu à coletividade, Miguel Ramiro deixou obra, particularmente o edifício-sede, inaugurado em 2009 e onde hoje funciona o ensino de música e dança.
No dia em que a instituição comemorava 146 anos e durante o almoço que decorreu no salão da antiga Junta de Freguesia de Oiã, o ex-presidente da direção deixou uma palavra de apreço “a todos os dirigentes associativos, muitas vezes incompreendidos pela sociedade e pela comunidade onde estão inseridos”.
Para além da sede, outros marcos houve durante o período em que comandou os destinos da direção, como sejam a introdução da formação musical nas escolas primárias, “que começamos em 1993”. Um primeiro passo, em Oliveira do Bairro, para aquilo que hoje existe a nível nacional, as AEC. Miguel Ramiro referiu ainda a criação da Orquestra Ligeira e admitiu que “muita coisa foi feita e muita coisa ficou por fazer”, apelando a uma nova candidatura para que a homologação da escola de dança do CACFUOB seja uma realidade.
Empenho. O mérito do anterior presidente da direção do Conservatório levou a atual direção a propor esta homenagem e a passagem de Miguel Ramiro a sócio honorário, que foi aprovada por unanimidade e aclamação na assembleia geral realizada em abril. “Uma homenagem justa pelo empenho e por ter feito tudo com tanto gosto”, reconheceu a presidente da Assembleia Geral, Leontina Novo.
A presidente da direção, Silvana Marques, depois de delinear os principais momentos da história da instituição, frisou que esta continua a reger-se pelos mesmos valores: eficácia, esforço, inovação, integridade, qualidade, tenacidade, trabalho em equipa e trabalho em parceria.
Presente nas comemorações, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Mário João Oliveira, felicitou “a atual e a anterior direção pelo excelente trabalho desenvolvido”. Salientou que “uma das grandes marcas foi deixar a obra concluída. Mas o que mais interessa é o trabalho que se faz dentro daquele imóvel, cabendo agora aos órgãos sociais, atuais e futuros, dar bom uso àquelas instalações”.
Durante o almoço, várias classes de música e dança do Conservatório abrilhantaram a cerimónia, demonstrando a verdadeira razão de existência desta coletividade, com uma presença massiva dos encarregados de educação e outros familiares.
