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Anadia // Avelãs de Cima // Bairrada  

Avelãs de Cima: Freguesia assinala 500 anos de foral manuelino com atividades até 10 de junho

A Junta de Freguesia de Avelãs de Cima está a preparar a comemoração dos 500 anos do Foral Manuelino (10 de janeiro de 1514) assente em atividades socio-recreativas e lúdico-culturais, em associação com as associações locais e população.
Para o autarca Manuel Veiga, as celebrações eram para acontecer nesse dia (sexta-feira), contudo “compromissos profissionais de alguns dos convidados obrigaram a que a celebração tivesse ligar no sábado, dia 11, num ato simbólico, que incluiu o hastear da bandeira da Freguesia, em paralelo com a bandeira do Município e bandeira de Portugal, ao som do hino nacional. Uma celebração que contou com os ex-Presidentes da Assembleia e da Junta de Freguesia vivos e que teve como objetivo homenagear todos aqueles que dedicaram parte das suas vidas à causa pública de servir a população.
Na realidade, os ex-autarcas ficaram muito sensibilizados, tendo-se ainda cantado os parabéns à Freguesia.
Refira-se ainda que os ex-presidentes com mais tempo em exercício, nomeadamente António Calado e Armando Pereira, participaram diretamente no hastear das bandeiras e inauguração do roll-up evocativo dos 500 anos do Foral Manuelino. Estiveram presentes ainda Albano Reis, Manuel Veiga, Albano Martins dos Reis, Carlos Oliveira, Diamantino Almeida, Carlos Almeida e Guilherme Cunha. Por motivos familiares, esteve ausente apenas Nelson Rosa.
A JB Manuel Veiga avançou ainda que a data não poderia ser mais oportuna para “evocar todos os ex-presidentes ainda vivos e homenageá-los pelo trabalho realizado”, dando conta de que foi entendimento da Junta de Freguesia “repartir as atividades pelos sujeitos, ao longo do ano e a seu tempo, todos serão chamados a participar, como entenderem”.

Celebrações em junho. Mas o forte das celebrações, envolvendo a população, terá lugar a 7 e 8 de junho, culminando a 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Para já, podemos avançar que no sábado, dia 7 de junho, haverá missa comemorativa dos 500 anos do Foral Manuelino e em honra de todos os falecidos da Freguesia. No domingo, dia 8, haverá passeio a pé “Caminhar por Avelãs”, com um almoço-convívio com os participantes, em local a designar. A animação estará a cargo dos residentes e populares. Na segunda-feira, dia 9, será feita a recolha dos desenhos a realizar pelos estudantes das seis escolas da Freguesia, que serão expostos ao público. No dia 10 (feriado nacional), está agendada uma Assembleia de Freguesia extraordinária, de manhã, onde os partidos com assento farão, a convite, um discurso temático. Será inaugurada uma imagem/quadro comemorativo alusivo aos 500 anos do Foral Manuelino. Durante a tarde haverá jogos tradicionais, envolvendo as associações locais de cada localidade ou respetivos residentes. O apoio logístico de bar estará a cargo das Mordomias da Igreja, cujo lucro reverterá a favor da Casa da Côdea e das Salas de Catequese ou a favor da Comissão Fabriqueira. À noite está programado um Encontro de Coros, intercalado com leitura de poemas recordativos a Avelãs de Cima, escritos por cidadãos locais, vivos e falecidos. Nesta sessão haverá a entrega dos prémios dos desenhos realizados nas escolas.
“Este é o conjunto de ações já planeadas, encontrando-se a Junta de Freguesia aberta a propostas que se enquadrem nestas comemorações, por parte de todos os que assim o desejarem”, diz Manuel Veiga, acrescentando que esta data “é muito importante para a Freguesia. De facto, não é o tamanho das celebrações que importam aqui referir, mas sim o conteúdo e significado que elas representam”.

Data histórica. Para Manuel Veiga, esta data significa que sempre houve capacidade de manter o território associado a um nome e tal facto ajuda a perpetuar, no tempo e no espaço, a riqueza de um povo. “Esta é a nossa maneira de agradecer, também, a todos os quantos olham para a Freguesia como uma oportunidade. A Freguesia está de parabéns e toda a sua população quer, e bem, homenagear este tempo e esta marca, não para atenuar a dureza dos tempos, mas para ter mais um marco para contar, numa História que sempre fica para as gerações futuras.”

Catarina Cerca