Em 15 associações do concelho de Cantanhede, fazem-se os últimos preparativos para a participação numa das maiores ações culturais do país em torno das artes cénicas de pendor popular. O XVI Ciclo de Teatro Amador começa este fim de semana, no dia 15 de fevereiro, e estende-se até 5 de abril. Nas coletividades envolvidas, é grande a azáfama para ultimar a encenação e montagem dos espetáculos que serão levados a cena durante cerca de dois meses.
Desde há 16 anos que é assim, no final do inverno. Na edição de 2014, mais de 300 pessoas vão estar envolvidas neste programa de dinamização da atividade teatral promovido pelo Município de Cantanhede para incentivar os agentes culturais a terem uma prática regular neste domínio, o que em alguns casos parte da recuperação de antigas tradições de natureza comunitária.
Um dos aspetos mais relevantes registados nas edições anteriores tem a ver com a forte mobilização dos jovens que, juntamente com os mais velhos, dão corpo a uma ação que contribui para a coesão social das comunidades onde vivem, retirando daí assinaláveis benefícios do ponto de vista da sua formação cívica e cultural.
O investimento da Câmara Municipal na realização do XVI Ciclo de Teatro Amador de Cantanhede traduz-se, mais uma vez, na atribuição de um subsídio para as despesas inerentes à preparação, montagem e representação das peças e ainda num significativo apoio no que diz respeito à logística e divulgação.
Cada grupo de teatro realiza dois espetáculos, um na localidade onde está sedeada, outro numa das freguesias a que pertencem as restantes associações intervenientes.
O programa deste ano começa no próximo sábado, dia 15 de fevereiro, com duas peças de teatro: o Grupo de Teatro “As Fontes do Zambujal”, da Associação Juvenil do Zambujal e Fornos apresenta, na antiga Escola do 1.º CEB do Zambujal, às 21h30, “Falar Verdade a Mentir”, conhecida sátira de Almeida Garret, seguida de “A Invenção do Guarda Chuva”, comédia de teatro do absurdo escrita por Luiz Francisco Rebello e José Palla e Carmo em 1944; à mesma hora, o Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” de Murtede sobe ao palco do salão da Junta de Freguesia de Murtede para representar “… Ai Agora é que se foi!!!…”, uma revista portuguesa com diversos números musicais onde se reveem os acontecimentos da atualidade político-cultural num registo de crítica de costumes.