Armando S., de 21 anos, residente em Sangalhos, que fazia parte de um quarteto que se dedicava ao mundo do crime, foi condenado pelo coletivo de juízes da Comarca do Baixo Vouga, em cúmulo jurídico, a uma pena de prisão de seis anos de prisão pela prática de 11 crimes de vários roubos e de furto qualificado. Ficou ainda proibido de conduzir veículos motorizados pelo período de seis meses.
Já o comparsa de Armando S., Diogo R., de 26 anos, residente em Avelãs de Caminho, foi sentenciado numa pena de três anos e oito meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período de tempo, mediante sujeição a regime de prova; e Gonçalo G., de 19 anos, residente em Anadia, foi condenado na pena de prisão de seis meses, substituída, por 180 dias à taxa diária de cinco euros.
Já José G., de 24 anos, detido no estabelecimento prisional de Linhó, natural de Lisboa, que respondia pelo crime de ofensa à integridade física simples, não foi julgado, e o procedimento criminal foi extinto, dado que houve desistência de queixa.
O tribunal deu como provado que, na noite de 18 para 19 de maio de 2012, entre a meia-noite e a uma hora da madrugada, os arguidos Armando S. e Diogo R. entraram nas instalações da empresa Eurociclismo, na Malaposta, levando diverso material. Na noite seguinte, os mesmos arguidos retornaram às instalações da Eurociclismo e voltaram a levar diverso material. Passado alguns dias, os mesmos arguidos decidiram visitar a Eurociclismo, pela terceira vez, levando novamente diverso material.
No dia 30 de maio, também do ano 2012, os mesmos arguidos, atuando em conjugação de esforços e intenções, entraram no café Boanerges, em Alféolas, forçando a porta e levaram cigarros, chocolates, halls, chupa-chupas, pilhas, dinheiro e outros bens.
Já a 26 de agosto, do mesmo ano, o arguido Armando, junto ao Parque de Merendas de Mogofores, roubou um telemóvel, empurrando um dono do equipamento. No mês seguinte, Armando S., acompanhado por Diogo R., no parque de estacionamento do hipódromo da Bairrada, furtou um ciclomotor.
Um outro episódio ocorreu no dia 22 de janeiro de 2012, cerca das 19h, em Sangalhos, Anadia, quando os arguidos Armando S. e José G. se dirigiram a um jovem e, de comum acordo, agarraram-no e deitaram-no ao chão com um murro e um pontapé, após o que lhe desferiram vários pontapés na cabeça, abandonando, de seguida, o local.
Mais tarde, o arguido Armando desferiu-lhe uma pancada na cara, junto ao nariz, com uma pedra que tinha na mão, provocando a sua queda no chão.
Num outro episódio, o arguido Armando S. entrou, sozinho, nas instalações da escola EB1 de Avelãs de Caminho e levou diversos equipamentos, entre os quais, telemóveis, colunas de som, dinheiro e, antes de abandonar a escola, ainda comeu parte de um bolo e bebeu uma garrafa de água.
Mas não se pense que os assaltos terminaram por aqui. No início de janeiro, Armando S. e Gonçalo G. terão assaltado o Centro Cultural de Anadia; em março, Armando S. exibiu uma navalha a um ciclista que circulava na Rua do Casal, em Sangalhos, desferindo-lhe murros e pontapés. Levou dez euros.
O arguido Armando S., ainda em março de 2013, apoderou-se de um veículo Fiat Uno e ainda nesse mês furtou bens que se encontravam dentro de uma outra viatura em São João da Azenha.
Por último, Armando S., em abril de 2013, apoderou-se de um outro carro que estava estacionado no Vale Estevão, em Mogofores. Nessa noite, o arguido foi mandado parar numa operação de fiscalização, tendo-se colocado em fuga, acelerando em direção a um militar.
O arguido Armando Sousa está sujeito à obrigação de permanência na habitação mediante vigilância eletrónica desde 22 de maio de 2013.