Uma vez mais, a tradição cumpriu-se. Houve receção às entidades, cumprimentos à Guarda de Honra, hastear das bandeiras, execução do Hino Nacional pela Banda de Música de Anadia e solta de pombos, mas a verdade é que esta foi, sem dúvida, a comemoração mais “cinzenta” da Revolução de Abril. Nem os muitos cravos vermelhos que ornamentaram o salão nobre dos Paços do Concelho, conseguiram encobrir o ambiente pesado e nada festivo que marcou toda a cerimónia.
Evidente a cada vez menor participação cívica. Poucas foram as pessoas que saíram à rua para assistir à cerimónia ou que estiveram presentes na sessão solene da Assembleia Municipal (uma das ausências notadas foi a do vereador e ex-presidente de Câmara, Litério Marques). De tal forma pouco participativa que talvez nem metade das associações e coletividades concelhias se tenham feito representar.
Longe do aparato de outrora, a comemoração do 40.º aniversário do 25 de Abril fica, sim, marcada pelo rol de críticas às políticas e políticos que conduziram a nação ao estado atual, mas em grande parte às políticas seguidas pelos atores políticos do momento. (ver mais em edição impressa)