O assoreamento do leito do Rio da Serra e a falta de limpeza em parte da sua extensão fazem temer o pior.
Ainda que o outono só comece a 23 do corrente, os moradores da Rua da Graciosa e da Rua dos Três Arcos (freguesia de Arcos – Anadia) já não dormem descansados e andam com os nervos à flor da pele.
A experiência de invernos passados traz-lhes à lembrança sucessivas inundações com prejuízos vários para todos eles. Agora, perante a falta de limpeza do leito do rio, receiam que o pior esteja para vir, caso nada seja feito.
A povoação de Três Arcos fica a sul de Famalicão, na zona da ponte sobre o rio da Serra, que vai desaguar no Rio Cértima. Neste local, a subida do leito do rio provoca praticamente em todos os invernos inundações agravadas pela falta de limpeza do leito do mesmo.
“Há uns seis anos e com o rio sem estar assoreado, tive cerca de 45 centímetros de água a correr da cozinha para a sala”, recorda com bastante angústia Agostinho Duarte que, já por diversas vezes, esteve a braços com água a cercar-lhe a casa. “Há alturas em que isto aqui parece uma ilha. Ficam as casas rodeadas de água”, avança, referindo-se às ruas e às oito famílias afetadas pelas cheias nesta povoação. Agora, com o rio completamente assoreado, ele e os vizinhos temem pelo pior. “Da presa dos castanheiros para baixo rio está uma desgraça”.
Na realidade, as imagens que acompanham esta notícia são elucidativas e os cerca de dois metros de altura de cascalho e terra, onde devia estar o leito do rio, mostram que os receios são completamente legítimos.
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