Assine já
Anadia // Tamengos  

Universidade Sénior Curia: Novo ano letivo começa com aula sobre envelhecimento ativo

O novo ano letivo na Universidade Sénior da Curia arrancou na última quinta-feira, dia 2 de outubro, com uma aula sobre envelhecimento ativo, após a sessão de abertura, realizada no auditório da WRC – Curia.
A conferência, que foi mais um diálogo sobre o envelhecimento, esteve a cargo do investigador e professor universitário João Malva, que deliciou o vasto auditório com uma conversa sobre a importância e valorização das “pessoas maiores”, sobre as formas de envelhecer com qualidade de vida, mas também sobre o cérebro humano.
Ao público, sobretudo alunos desta Universidade Sénior, falou ainda do projeto “Ageing@Coimbra” que pretende identificar, implementar e replicar projetos e programas de boas-práticas inovadoras no domínio do Envelhecimento Ativo e Saudável.

Cérebro, a essência do ser humano. João Malva começou por destacar que a intergeracionalidade e a valorização da pessoa maior é determinante, já que devemos olhar para os séniores como “pessoas fundamentais a inspirar novas gerações”. E numa altura em que a tendência demográfica no país é assustadora (há cada vez menos jovens e um aumento drástico do número de idosos), os desafios que se colocam ao futuro e à sustentabilidade do país obrigam os governos e a sociedade a olhar para esta realidade com outros olhos.
Por isso, considera fundamental que o sénior prolongue a vida de uma forma ativa, o que é saudável para o físico e para a mente.
“O cérebro é a essência do ser humano e, se ele não funcionar corretamente, o corpo também não funciona”, disse, revelando que o exercício físico, bons hábitos alimentares e de sono podem ser determinantes na qualidade do nosso envelhecimento. Porquê? “Porque o cérebro é a estrutura viva mais complexa de todo o universo.”
O neurocientista revelou que o cérebro humano tem 100 mil milhões de neurónios, o que faz de nós “seres extremamente ricos”, sendo hoje reconhecido pela comunidade científica que é possível estimular a criação de novos neurónios através da educação, de estilos de vida saudáveis, de atividade física e de enriquecimento ambiental- frequência de locais agradáveis e estimulantes). Ou seja, o modo como cultivamos o envelhecimento tem repercussões no próprio envelhecimento, que “deve ser encarado como um desafio que tem de ser vencido”, acrescentou.
Leia mais na vers�£o digital do seu JB.

Catarina Cerca