Poucos foram os que se deslocaram ao Monumento dos Mortos da Grande Guerra, no centro da cidade de Oliveira do Bairro, para assistir à cerimónia evocativa do Centenário da Primeira Guerra Mundial.
Organizada localmente pelo Núcleo de Combatentes de Oliveira do Bairro, a cerimónia decorreu naquele mesmo momento, por todo o país. Naquela cinzenta manhã de sábado, dia 8 de novembro, foram pois lembrados os milhares de portugueses que se dispuseram a dar a vida pela pátria, nos campos de batalha da Flandres, de Angola e de Moçambique, “sem esquecer os que pereceram no flagelo do cativeiro, num quadro de extrema miséria e completo esquecimento”. Palavras de uma mensagem, lida na ocasião, do Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Aníbal Cavaco Silva. Fazendo uma contextualização do conflito mundial, o Presidente da República lembrou que “o início do conflito ocorreu num período de forte instabilidade em Portugal, com uma profunda crise política e económica que levara a descurar, de forma comprometedora, a capacidade militar do país”. Realidade que “não impediu que se assumissem compromissos sem que estivessem reunidas as condições necessária à preparação e ao apoio das Forças Militares, decisão que se veio a revelar dramática para o país e para milhares de portugueses.” Da História desta guerra fica, sublinhou Cavaco Silva, “o exemplo extraordinário da coragem e do amor à pátria do soldado português”, bem como “a dura lição da incapacidade do país para assumir tão exigente compromisso, de que resultou a impreparação e o abandono dos nossos militares, com trágicas consequências e custos humanos elevados”.
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Oriana Pataco
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