Mais do que um encontro de sopas, foi um encontro de amigos, de amigos da instituição, de gente que sabe ser e quer ser solidária. Por isso, foi uma Festa. Marcaram presença centenas de pessoas, um pouco mais do que o ano passado. Algumas pela primeira vez. Tudo isto, apesar de todos os contratempos, a começar pelo facto de toda a grande publicidade, colocada em locais estratégicos, ter desaparecido, milagrosamente, na semana que antecedeu a das sopas. Pura coincidência por parte da Junta Autónoma das Estradas ou por mais uma denúncia, uma das muitas que têm perseguido a direcção, ou melhor, a instituição. Seja como for (os dirigentes não investiram muito nesta área, dentro de uma lógica de contenção de despesas), apareceram sopas, das mais diversas proveniências (concelhos de Oliveira do Bairro, Aveiro, Águeda, Anadia, Vagos e Águeda e até de Coimbra, para não falar de instituições e particulares, do CSO, para dar o exemplo, dos mais diversos sabores, predominando as de peixe, mas todas recomendáveis).
Além disso, de novo, se verificou uma grande solidariedade, com a oferta de fornadas de pão, diverso tipo de doçaria de particulares e de quem trabalha na instituição, tudo se vendendo. Por cima de tudo isto, as papas de abóbora que estavam “divinais”, castanhas e jeropiga, compondo o estômago e enchendo o espírito de alegrias. Tudo teve um ar festivo, mas tudo deu muito trabalho, imenso trabalho. Como sempre. Foi notada a boa organização (ao cuidado de Cláudia, Maricela e Emília, coadjuvadas pelas educadoras e auxiliares e alguns elementos da Direcção, e não só, nos trabalhos mais pesados de logística, quer no que diz respeito ao longo da comprida mesa das sopas em forma de L, tal a abundância, quer o bar, quer também o balcão da doçaria e do pão cozido. Justo é dizer-se que houve também uma boa ajuda da parte do grupo de Escuteiros de S. Simão, no serviço de entradas ou no serviço da distribuição das sopas, de concha na mão, em vez do cajado.
Para animar a festa, que foi realmente este encontro de sopas e de amigos, exibiram-se um grupo de gaitas de foles e um malabarista e cuspidor de fogo; também um duo de falsos frades, verdadeiro era o néctar que seguia dentro de uma velha panela de ferro, transportada num carro de mão, carregado com produtos hortícolas. Mais para o fim, música ao vivo, não faltando o karaoke. Marcou presença o presidente da Câmara, Mário João Oliveira, o presidente da União de Freguesias e representantes da Junta de Oiã. No uso da palavra, o presidente da Direcção, Carlos Réu, mostrou o regozijo pelo bom decurso do evento e Mário João mostrou abertura para ajudar desta forma (cedência do pavilhão) e outras instituições em iniciativas do género, com a finalidade da realização de fundos através da ajuda dos cidadãos.
Alguns, ao despedirem-se, diziam até ao ano, o que é muito significativo. No próximo número deste semanário, prestaremos contas públicas, quanto a entradas, despesas e receitas. Para que conste e não haja dúvidas nem temerários juízos.
Armor Pires Mota