No último domingo, dia 11 de janeiro, realizou-se a festividade correspondente ao encerramento dos Forais Manuelinos da Freguesia de Avelãs de Cima, envolvendo três povoações: Avelãs de Cima, Boialvo e Pereiro. Aquando do início das festividades há um ano atrás, tinha ficado prometido proceder ao seu término, neste dia, o que foi cumprido.
Da cerimónia constou uma arruada, cuja concentração se iniciou no Largo do Rossio, local onde está patente, o painel em azulejo aludindo ao Foral Manuelino de Avelãs de Cima, idênticos aos colocados em Boialvo e Pereiro, sob a orientação do Prof. Fernando Guerreiro. Desde logo se viu que ia ser um resto de tarde animado e com muito calor humano, apesar da temperatura ambiente ser baixa. A arruada terminou na sede da Junta de Freguesia, onde há um ano se iniciaram as festividades, com o içar das três bandeiras que estão sempre hasteadas na sede da Junta de Freguesia, a de Avelãs de Cima, de Anadia e de Portugal. Desta vez ouviu-se música tradicional evocativa desses tempos longínquos. Esta cerimónia foi aberta a todos os residentes, estando presentes algumas dezenas que animaram, e muito, a mesma.
Festejos. A freguesia preparou a celebração dos forais, repartindo pelo ano várias atividades. Nos discursos do dia, o presidente da Assembleia, José Manuel Carvalho, endereçou um profundo agradecimento a todos os residentes, amigos e familiares, coletividades e outras instituições da freguesia pela participação nas comemorações e no decurso das atividades, não deixando de enaltecer o trabalho do executivo da Junta de Freguesia, por ter ido a cada lugar que festejava o seu foral, e ao fazê-lo, homenageando todos os locais respeitando as suas identidades, nomeadamente em Boialvo e no Pereiro. Pediria ainda aos cidadãos para que estejam mais atentos à realidade económica e financeira da freguesia, na medida em que esta viu reduzido o seu orçamento em menos 26 mil euros, por parte do município, quando do Estado seriam alocados perto de 55 mil euros, um valor ligeiramente mais elevado que o do ano anterior. Terminaria dizendo que “hoje não se acaba um ciclo, mas inicia-se outro, rumo ao milénio da existência da freguesia”.
De seguida, o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Veiga. elogiou as palavras do seu antecessor para com o executivo e que assim era fácil de trabalhar, porque este ajudava a completar as ideias. Mostrou-se desagradado com o papel de meros gestores que querem impor aos presidentes de junta, havendo dificuldades para serem os verdadeiros guardiões das suas políticas, e que, mesmo assim, este executivo nunca atirava a tolha ao chão, comprometendo-se a lutar pelas reais necessidades e que, apesar de, às vezes, não poderem acudir a um problema na hora, no dia seguinte tinham alguma novidade, medida ou ação já definida. Prometeu que irá continuar a trabalhar, e em conjunto com o Presidente da Assembleia de Freguesia, nos órgãos próprios, fazer sentir a voz da freguesia.
Após os discursos, os presentes foram mimados com um lanche convívio, tendo demonstrado as suas satisfações para com o evento, tendo havido troca de experiências e de histórias vividas e passadas ao longo dos anos, na freguesia.
Pedro Veiga