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Anadia

Anadia: VITI é um projeto consolidado

A Escola Profissional de Anadia (VITI) promoveu na última sexta-feira, dia 2 de dezembro, um seminário no âmbito dos 25 anos da instituição.
Subordinado à temática “Pensar hoje, para projetar o amanhã”, o evento que decorreu no Cineteatro em Anadia, abordou as temáticas como Apoios Comunitários do Portugal 2020 e do Horizonte 2020, desenvolvimento turístico e setor dos moldes em Portugal.
Perante uma plateia de alunos do ensino profissional, Adriano Aires, diretor da VITI, que passou em revista a história da escola, destacou o facto da VITI ter sido em seu entender, “a última grande iniciativa nascida no seio da EVB e uma das mais importantes da sua brilhante e profícua história.”

Uma escola diferente. Uma escola à distância de 25 anos ultrapassou todos os objetivos que nortearam a sua criação. “Nunca desejamos ou objetivamos ser melhores. Propunhamo-nos, isso sim, ser uma escola diferente, e fomos.”
Diferentes “na relação de partilha e compromisso que estabelecemos com os nossos alunos, na forma como desenhamos o perfil de formação e no plano de estudos”, mas porque a VITI foi a primeira escola “a implementar a formação em contexto de trabalho e a estabelecer pontes e parcerias com o tecido empresarial, pedra de toque essencial para a formação bem sucedida.”
Aos presentes salientou como a VITI trabalha de forma diferente: “o nosso projeto educativo mais não é que um referencial dos 330 projetos educativos, um por cada aluno, com objetivos e metas comuns: combate ao absentismo, abandono e insucesso escolar.”
Planos de estudos são abordados numa lógica do saber para fazer, para criar e construir, mas envolvendo o tecido empresarial.
Por isso, sublinhou que “a sustentabilidade desta visão assenta na partilha de objetivos com instituições e empresas onde os alunos possam tomar contacto, participar, no processo criativo e muito especialmente partilhar os valores e cultura empresariais.”

Projeto de sucesso. Na hora dos discursos, Luís Presa, da ANESPO (Associação Nacional de Escolas Profissionais) destacou o trabalho importante realizado pela VITI, na região, ao longo destas duas décadas e meia, considerando-a uma “escola e um projeto de sucesso”.
Por isso, avançaria: “ainda que tenham nascido há 25 anos da necessidade de qualificar jovens e adultos (antigas escolas insdustriais e comerciais deram lugar a estas escolas de matriz muito mais interessante), as escolas profisisonais são, hoje, uma referência no país.” Escolas que olham para os jovens como pessoas e cidadãos que apostam na sua preparação científica, técnica, cívica e profissional. “Um modelo de sucesso que foi transposto para as escolas secuncárias públicas”, na medida em que as Escolas Profissionais, no terreno, “funcionam como referências e já deram provas que fazem um trabalho de alta qualidade ao serviço da economia da região e do país.”
Na sessão de abertura, Luís Presa sublinharia ainda o facto do trabalho destas escolas “assentar no que são os diagnósticos sociais e económicos locais”, sendo a Escola Profissional de Anadia “uma escola que percebeu o que eram as necessidades locais e evoluiu para outras áreas”, tornando-se “uma escola dinâmica e atenta, preparada para responder no momento às necessidades que se vão colocando.”
Escolas que considera estarem no caminho certo e por isso são merecedoras de apoio: “não têm sido apoiadas como deve ser na vertente financeira”, nomeadamente pela tutela: “há atrasos enormes”, situação que as coloca em grandes dificuldades: “mas como são escolas sólidas e projetos bem consistentes, sobrevivem”.

Aposta ganha. Na ocasião, José Paulo Dias, da DRAP Centro, considerou a escola “uma aposta ganha”, não deixando de agradecer aos docentes e funcionários dedicados que contribuíram para o sucesso deste projeto. Paralelamente, destacaria a existência em muitas empresas da região, de excelentes quadros aqui formados, graças a um ensino de qualidade. “Esta é uma escola que cresceu, reconhecida e com provas dadas”, destacaria ainda.

Trabalho meritório. Terminaria a sessão de abertura dos trabalhos a edil Teresa Cardoso. Na ocasião destacou o facto da VITI ter sabido consolidar o seu trabalho e projeto.
Um percuso em ascendente quer em número de alunos, quer no variado leque de cursos que disponibiliza.
“O concelho tem quatro estabelecimentos de ensino que preparam os alunos para o seu percurso de vida. Não fazem concorrência e a VITI tem tido um papel preponderante”.
A autarca reconhece na VITI um trabalho meritório na medida em que ajuda os alunos a encontrar saídas profissionais, conhecendo a realidade empresarial do concelho e da região.
“É preciso encontrar o seu enquadramento para que alunos encontrem as suas saídas profissionais. A VITI tem feito um trabalho excecional”.
A terminar, destacaria as instalações do 1.º CEB de Anadia, cedidas pela Câmara Municipal a esta escola e o facto de Anadia integrar também a Rede de Cidades Educadoras – desafio de partilha de conhecimentos com outras cidades, partilha esta rede e também aprender, adquirindo conhecimentos e competências.
Desejou que a VITI continue o seu caminho e que a CMA continuará a apoiar o trabalho que desenvolver por forma a fazer crescer esta escola.
Catarina Cerca