Tomaram posse, no auditório do Centro de Educação e Recreio (CER), os novos órgãos sociais da Filarmónica Vaguense. A cerimónia, muito concorrida, contou com a presença das principais organizações e entidades concelhias, apoiantes e patrocinadores, maestros e músicos, serviu ainda para homenagear dois elementos da direção cessante – Carlos Ribau (presidente) e José António Almeida (secretário), que ao longo dos últimos doze anos comandaram, com alegada “competência e profissionalismo”, os destinos da centenária instituição.
A iniciativa partiu da nova direção, a que associou a Câmara Municipal, tendo sido distinguidos pela sua “abnegação, empenho e dedicação” à Filarmónica, que ajudaram a promover a música, a cultura e a região de Vagos, a nível nacional e internacional.
Um trabalho “minucioso e extremamente positivo” de quem, com funções diferentes, soube construir uma equipa, alicerçada pelo maestro Leonel Ruivo e um conjunto de músicos formados em Vagos, como reconheceu o presidente da câmara.
Silvério Regalado, que na sua intervenção destacou a solução encontrada, com a direção do CER, para a renovação da sede da banda, admitiu, contudo, que a verba “gasta” pela autarquia neste melhoramento, poderia ter feito falta “no arranjo de uma estrada”. Reconhecendo que quando o dinheiro é escasso “há que fazer opções”, o edil vaguense anunciou que a câmara vai estar “sempre atenta” a qualquer solicitação das associações. “É nossa obrigação colaborar”, disse.
Fasquia alta
Eleito a 23 de março, em lista única, Ricardo Martins, o novo presidente da Filarmónica Vaguense, considera que a fasquia estará, porventura, agora muito alta. “A banda tem o currículo que tem, e a nossa expetativa é continuar a melhorar, quer a nível nacional quer internacional”, declarou, embora reconheça dificuldades de vária ordem, por se tratar de uma banda amadora.
“Somos todos profissionais mas amadores neste contexto, temos músicos muito jovens em conservatório, que têm muita margem de progressão, mas a verdade é que estamos ainda na terceira categoria”, especificou aquele dirigente, que espera, a breve trecho, passar a banda para o escalão superior. “Será o nosso próximo passo”, admitiu Ricardo Martins.
De referir que, para além da tradicional atuação na festa em honra do Divino Espírito Santo, em Vagos, em maio, e uma participação em Torres Novas, não está prevista, para já, qualquer deslocação da banda ao estrangeiro.
Eduardo Jaques