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Economia // Negócios & Empresas  

Restaurante Quinta do Vale: “Oliveira do Bairro merecia ter uma casa assim”

Manuel Santos abre desde logo o jogo e confirma que, apesar de estar há 26 anos ligado à restauração… não sabe cozinhar. “Nem quero!”, exclama convicto, o homem que gosta de desafios e que recentemente assumiu o leme do Restaurante Quinta do Vale, na Alameda da Cidade, em Oliveira do Bairro.
É por essa razão que entrega a cozinha nas mãos do irmão Wilson, que há muito o acompanha. “O meu irmão tem o dom da minha mãe, a Dona Amélia, que ficou conhecida como uma das grandes cozinheiras tradicionais de Aveiro. Trabalhar com ele dá-me uma grande segurança”, frisa Manuel Santos.
Projeto novo é também sinónimo de equipa nova. “No Quinta do Vale, somos sete pessoas, é uma equipa jovem e dinâmica. Eu sou a cara, sou a pessoa que todos conhecem, mas por trás de mim está uma equipa e são eles que têm o mérito”.
Pegar, pôr a render e largar. O percurso de Manuel Santos na restauração começa pelo seio familiar. Os pais, emigrantes na Venezuela, trouxeram daquele país a vontade de se lançar no negócio das padarias e com um supermercado na Praia da Barra. “Entretanto, abrimos um restaurante junto ao Farol, o ‘Barra 92’, e aí começou a minha paixão pela restauração. Desde os 17 anos que trabalho a tempo inteiro em restaurantes”, confessa com orgulho.
Dali, apostou no restaurante ‘Arte Xávega’, na Praia da Vagueira, e em simultâneo, no ‘Canastra do Fidalgo’, na Costa Nova. “Só me sinto bem ao pé do mar. É a primeira vez que estou tão afastado. Temos o Levira perto, mas não é igual…”, suspira.
Foi também dono do ‘Dom Coutinho’, em Ílhavo, mas acabaria por vender a sua participação nesta sociedade e no ‘Arte Xávega’, ficando apenas com a ‘Canastra do Fidalgo’.
Seguiu-se a cidade de Aveiro, onde adquiriu o ‘Fusões’, um restaurante de cozinha de autor e gourmet. “Durante esses quase três anos, levei o Fusões a um patamar muito elevado, tanto a nível de cidade/distrito como a nível nacional. Foi uma casa muito difícil mas que me deu um conhecimento muito abrangente e um reconhecimento de hotelaria a nível nacional, do qual me orgulho.” Quando o projeto atingiu o patamar pretendido por Manuel Santos, este deu a missão por cumprida. “No dia 1 de maio de 2016, decidi fechar esse projeto e, no mesmo local, abri outro que hoje se chama ‘Bacalhau & Afins’, que cedi ao meu irmão mais novo, que tem feito jus ao trabalho que lá deixei e o tem melhorado.”
Depois do ‘Bacalhau & Afins’ e após 24 anos seguidos de hotelaria, Manuel Santos entendeu que precisava de uma pausa. Mas esta só durou uns meses, até abraçar um projeto na Praia da Barra, ‘Marisqueira Tigre’, onde, após “fazer um trabalho muito rápido, em termos de qualidade e de mercado”, cedeu a sua parte.
 
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