Como há muito não se via. Se durante vários anos os seus dirigentes celebravam o aniversário da sede e não do clube, este ano, com nova direção, tudo mudou da noite para o dia. O Atlético Clube de Famalicão comemorou o 72.º aniversário com um jantar que reuniu perto de 150 pessoas, contrastando com os aniversários da sede, na maior parte dos casos com pouco mais de 50 pessoas.
A atual direção liderada por Jorge Verdade aproveitou a ocasião para homenagear todos aqueles que iniciaram este projeto, respeitando a sua história, enaltecendo os seus resultados, criando os alicerces para o futuro, exclamando que “este jantar é disso o exemplo”.
“As dificuldades são muitas, mas temos sentido uma grande capacidade de entrega, diálogo e empenhamento, que muito orgulha esta direção, por parte dos atletas, familiares e amigos. Contamos com todos vocês para melhorar, para estar e para viver cada vez mais de perto o clube”, anotou Jorge Verdade.
Depois agradeceu a todos aqueles que diretamente o acompanham na direção, “pois assustados ficámos quando a assumimos, mas convictos e firmes de que o Famalicão tem de estar em primeiro plano”.
Noutro prisma, o líder famalicense diria que “festejar o aniversário é sinal de que estamos vivos, por este clube trabalhamos e o representamos. Vejam, confirmem como um pequeno clube pode ter uma alma tão grande”, questionou, para acrescentar que “mais de 100 pessoas compõem este jantar. Vocês são o clube, o clube são vocês”.
E como estamos em época natalícia, Jorge Verdade referiu que o maior presente que todos podem dar “é continuar a estar presentes, a participar e a disponibilizar o vosso precioso tempo e ideias”, sempre com os mais elementares valores desportivos, sociais e humanos.
Fernando Fernandes, presidente da União de Freguesias de Arcos e Mogofores, falou das dúvidas se o Atlético Famalicão ia avançar para mais uma época desportiva, se havia gente ou não disponível, que os dirigentes do passado fizeram um grande trabalho, e mostrou-se orgulhoso com o presente. “Vejo um Atlético de Famalicão rejuvenescido e cheio de força, e da coragem destes elementos da direção em pegar no clube. E também digo que sem os pais não era possível chegar ao patamar em que estão”, referindo-se às camadas jovens, e “o que se vê aqui não é normal, ver tanta gente. Contem connosco com as parcerias existentes, encaro o futuro com esperança”, avisando que “não deem um passo maior do que a perna”.
Ricardo Manão também enalteceu a excelente moldura humana presente e o trabalho que está a ser desenvolvido pela direção. O vereador da Câmara Municipal de Anadia enumerou que a autarquia tem ajudado em alguns passos e através do Programa do Plano Municipal ao Desenvolvimento Desportivo com o valor de 10 mil euros, dos quais cinco mil já foram liquidados, e 58.500 euros para a bancada coberta.
Olga Silva “voltou” a jogar em casa. A presidente do Conselho de Justiça da Associação de Futebol de Aveiro também realçou o facto de ver a sala cheia, deixando uma palavra aos novos órgãos sociais. “Não é fácil agarrar num clube e fazê-lo renascer, são muitos os obstáculos, mas estes dirigentes tiveram a coragem e a força para levar este projeto a bom porto.”
Para Olga Silva “72 anos são muitos anos, o clube teve de ultrapassar muitos obstáculos, pessoas que passaram pelo clube e que não podem ser esquecidas, e aquelas que o têm mantido ao longo destes 72 anos, merecem o meu aplauso”.
Com tantos jovens na sala, Olga Silva afirmou que “a formação é uma das bandeiras da AFA e está a trabalhar para a construção de uma Cidade Desportiva para dar melhores condições às camadas jovens”, realçando o excelente trabalho que o Atlético de Famalicão tem feito na formação.