É pela mão de uma antiga professora, já reformada que, na pequena aldeia de Torres, na freguesia de Vilarinho do Bairro, se vai realizar, de 11 a 13 de outubro, a Festa do Bunho e do Junco.
Um regresso ao passado, às tradições, aos usos e costumes antigos que podem ser o ponto de partida para revitalizar a aldeia de Torres.
Determinada em ver a povoação novamente no mapa e cheia de vida, Natália Loureiro tem em curso um ambicioso e original projeto que não deixa ninguém indiferente.
Natural desta localidade, a ex-docente, a viver em Vilarinho do Bairro, é a força motriz do projeto, que terá como ponto alto esta singular festa que vai juntar exposições de arte e instalações, artesãos a trabalhar ao vivo, sem esquecer as oficinas abertas a todos os interessados, passando ainda pelas barraquinhas de artesanato mas também pelas tasquinhas onde será possível degustar a rica gastronomia regional.
Um regresso ao passado, às tradições, aos usos e costumes antigos que podem ser o ponto de partida para revitalizar a aldeia de Torres.
Determinada em ver a povoação novamente no mapa e cheia de vida, Natália Loureiro tem em curso um ambicioso e original projeto que não deixa ninguém indiferente.
Natural desta localidade, a ex-docente, a viver em Vilarinho do Bairro, é a força motriz do projeto, que terá como ponto alto esta singular festa que vai juntar exposições de arte e instalações, artesãos a trabalhar ao vivo, sem esquecer as oficinas abertas a todos os interessados, passando ainda pelas barraquinhas de artesanato mas também pelas tasquinhas onde será possível degustar a rica gastronomia regional.
Contagem
decrescente
A oito dias do evento que promete mexer com a localidade, freguesia, concelho e região, JB esteve à conversa com a principal dinamizadora da festa a que se junta ainda a sua filha Susana Silva e a arquiteta Olga Santos que, por amizade e afinidade à terra (tem raízes na Pedreira de Vilarinho), abraçou também este projeto.
Tendo como ponto de partida a emblemática Lagoa de Torres, que até meados do século passado, era o ex-líbris da aldeia (era ali que se apanhava, no fim do verão, o bunho que servia para fazer esteiras e estrume para adubar as terras), local também procurado para caçar, pescar e conviver, Natália Loureiro desafiou um grupo de amigos da terra a iniciar um projeto inovador.
“Outrora, a lagoa fazia parte da aldeia e a aldeia da lagoa”, frisa, sublinhando que o bunho fora uma importante fonte de rendimentos: “as pessoas faziam esteiras que vendiam, pois eram muito procuradas, mas estas serviam para deixar os falecidos antes da chegada do cangalheiro, ou para fazer divisórias nas casas – tipo biombo, ou para dormir no chão”.
A Ideia deu frutos
E porque não queria ver esta tradição desaparecer, indagou junto das senhoras mais idosas se ainda sabiam fazer esteiras, propondo mesmo “que as continuassem a fazer”.
Um desafio que a levou também à escola do primeiro ciclo, e com ajuda de uma senhora de 83 anos, ensinou as crianças a fazer bonecos com junco, tal como ela fazia quando era criança, numa altura em que rara era a menina que tinha bonecas para brincar.
“Como se trata de uma Eco-Escola, a professora aderiu à ideia e, no Dia da Mãe, os alunos fizeram um presente para as suas mães com junco”, avançou, sobre esta bem sucedida ação a que se seguiu uma outra, agora junto dos mais idosos da freguesia: “Fui também ao Centro de Dia e realizei com os utentes um workshop com este material. Lá conheci o Sr. José, um utente invisual que está a fazer, a meu pedido, cestos em verga e capas de pastores em junco, como se fazia em Ribeira de Pena, de onde é natural.”
Depois destes primeiros contactos e face à recetividade recebida, Natália Loureiro apresentou ao executivo da Câmara Municipal de Anadia, com a colaboração de amigos, um percurso pedestre que ligou Vilarinho do Bairro à Lagoa de Torres, mostrando os campos agrícolas e os vinhedos, tão próprios da região da Bairrada”.
decrescente
A oito dias do evento que promete mexer com a localidade, freguesia, concelho e região, JB esteve à conversa com a principal dinamizadora da festa a que se junta ainda a sua filha Susana Silva e a arquiteta Olga Santos que, por amizade e afinidade à terra (tem raízes na Pedreira de Vilarinho), abraçou também este projeto.
Tendo como ponto de partida a emblemática Lagoa de Torres, que até meados do século passado, era o ex-líbris da aldeia (era ali que se apanhava, no fim do verão, o bunho que servia para fazer esteiras e estrume para adubar as terras), local também procurado para caçar, pescar e conviver, Natália Loureiro desafiou um grupo de amigos da terra a iniciar um projeto inovador.
“Outrora, a lagoa fazia parte da aldeia e a aldeia da lagoa”, frisa, sublinhando que o bunho fora uma importante fonte de rendimentos: “as pessoas faziam esteiras que vendiam, pois eram muito procuradas, mas estas serviam para deixar os falecidos antes da chegada do cangalheiro, ou para fazer divisórias nas casas – tipo biombo, ou para dormir no chão”.
A Ideia deu frutos
E porque não queria ver esta tradição desaparecer, indagou junto das senhoras mais idosas se ainda sabiam fazer esteiras, propondo mesmo “que as continuassem a fazer”.
Um desafio que a levou também à escola do primeiro ciclo, e com ajuda de uma senhora de 83 anos, ensinou as crianças a fazer bonecos com junco, tal como ela fazia quando era criança, numa altura em que rara era a menina que tinha bonecas para brincar.
“Como se trata de uma Eco-Escola, a professora aderiu à ideia e, no Dia da Mãe, os alunos fizeram um presente para as suas mães com junco”, avançou, sobre esta bem sucedida ação a que se seguiu uma outra, agora junto dos mais idosos da freguesia: “Fui também ao Centro de Dia e realizei com os utentes um workshop com este material. Lá conheci o Sr. José, um utente invisual que está a fazer, a meu pedido, cestos em verga e capas de pastores em junco, como se fazia em Ribeira de Pena, de onde é natural.”
Depois destes primeiros contactos e face à recetividade recebida, Natália Loureiro apresentou ao executivo da Câmara Municipal de Anadia, com a colaboração de amigos, um percurso pedestre que ligou Vilarinho do Bairro à Lagoa de Torres, mostrando os campos agrícolas e os vinhedos, tão próprios da região da Bairrada”.
Ler mais na edição impressa ou digital
Anónimo disse:
5
Anónimo disse:
4.5
Anónimo disse:
0.5