A Polícia Judiciária e a Autoridade Tributária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com apoio da Diretoria do Centro e Departamentos de Leiria e Aveiro, bem como da Direção de Finanças de Lisboa (DFL), procederam no dia de ontem, quarta-feira, à realização de 40 buscas domiciliárias e não domiciliárias, por suspeitas da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento, em processo-crime que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
O modus operandi consistia na utilização de um circuito fictício de faturação, mediante a simulação de compras e vendas que não correspondiam a efetivas transações de bens, superiores a 10 milhões de euros.
Esta atividade foi levada a cabo por diversas sociedades a operar no mercado das pedras ornamentais, na zona centro do país, com recurso aos comummente designados “testas de ferro”, tendo permitido obter reembolsos indevidos de IVA superiores a 1 milhão e 800 mil euros, diz a PJ, em comunicado.
Os elevados proventos obtidos foram posteriormente canalizados para a aquisição de património imobiliário, registado em nomes de terceiros.
As autoridades asseguram ainda que com a realização das buscas pretende-se obter elementos de prova que permitam em breve concluir o inquérito.