O conjunto escultórico “Deusa Íris, a Gota da Curia”, da autoria do artista plástico conimbricense Pedro Figueiredo, localizado na rotunda do Largo Dr. Luís Navega, no centro da Curia, encontra-se concluído, tendo entrado em funcionamento, na noite de ontem, dia 11 de setembro. Este elemento presta tributo à água termal e representa um investimento municipal na ordem dos 140 mil euros.
O “elemento escultórico” é constituído por um polígono com base triangular com 4,5 m de altura, no cimo do qual se encontra representada uma figura feminina, em bronze, serenamente sentada com o seu braço esquerdo esticado segurando na mão uma gota que derrama água em “fio”.
Esta escultura procura representar a Deusa Íris, que é ao mesmo tempo Deusa do Céu, da Água e do Arco-íris. Esta Deusa grega une o Céu com a Terra, é a mensageira dos Deuses com os seres humanos. Era adorada tanto pelos Deuses como pelos mortais, pela sua natureza de bondade e amor daí o poder curativo da sua água.
Para a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, “é a concretização de um projeto que há muito vinha sendo idealizado e, de certa forma, reivindicado pelas pessoas da Curia e, inclusive pela Junta de Freguesia, na medida em que quando se fez a requalificação urbana da Curia, as pessoas sentiram que esta rotunda tinha ficado sem algo que dignificasse um bocadinho mais esta estância termal”.
A autarca sublinha que o objetivo da Câmara era o de criar neste local “algo emblemático, associado às termas da Curia e à água”.
Após várias ideias e abordagens, o Município lançou este desafio ao escultor Pedro Figueiredo, um artista plástico, com créditos nesta área e com obras um pouco por todo o país. “O repto foi aceite de bom grado, tendo o projeto começado a ser trabalhado em 2018 e culminado agora com a sua entrada em funcionamento”, adianta a edil.
A edil salienta que este monumento é também “uma homenagem à grande riqueza existente no concelho de Anadia, a água”. Para além das Termas da Curia existem ainda as Termas de Vale da Mó. Por outro lado, frisa, “temos o privilégio de ter no nosso subsolo este precioso recurso natural”, o que permite à Câmara Municipal “fazer a gestão” da rede de abastecimento de água. “Este é um monumento que pretende evocar toda esta grande riqueza do concelho”.
A responsável do município acredita que as pessoas “não vão ficar alheias” a este elemento escultórico. “Penso que, com o tempo, mesmo os mais críticos, ficarão rendidos a esta obra de arte”. “É evidente que quando se idealiza um projeto temos a noção de que nunca conseguimos agradar a todos”. Contudo, “estou convencida de que, na sua maioria, esta obra irá reunir o consenso de todos”, acrescentando que “o espaço fica muito mais enriquecido com este elemento e, certamente convidará as pessoas a levar daqui uma boa recordação”. “Se a Curia já tinha encanto, de certeza que, a partir de agora, passará a ter ainda muito mais encanto”, refere.
O elemento escultórico pretende assim relevar a notoriedade da Curia, como estância termal de reconhecimento regional, nacional e internacional, bem como o princípio da sua história, a sua memória como património existente, nomeadamente a sua essência, a água termal.