O anadiense Nelson Oliveira vai representar Portugal no Campeonato do Mundo de Estrada, em Imola, Itália, entre 25 e 27 de setembro. A Equipa Portugal estará presente com um coletivo masculino de quatro elementos. Para além de Nelson Oliveira (Movistar Team), Ivo Oliveira e Rui Costa (UAE Team Emirates) e Rúben Guerreiro (EF Education First) foram os escolhidos pelo selecionador nacional, José Poeira. Todos farão a prova de fundo, no dia 27 de setembro. Ivo Oliveira e Nelson Oliveira competem também no contrarrelógio, dois dias antes.
A Equipa Portugal tem sido uma presença constante no top 10 das provas de fundo e de contrarrelógio, sempre através de Rui Costa e de Nelson Oliveira, respetivamente. O campeão mundial de 2013 também esteve entre os dez melhores em 2015, 2018 e 2019. Nelson Oliveira entrou nos dez mais em 2014, 2017, 2018 e 2019.
A luta pelas posições cimeiras está mais uma vez na mente do selecionador nacional. “O contrarrelógio não é tão longo quanto gostaria o Nelson Oliveira, mas, assim, acaba por encaixar melhor nas caraterísticas do campeão nacional da especialidade, Ivo Oliveira. A prova de fundo vai fazer-se muito dura, mas é um circuito diferente do habitual, mais longo. Faz com que as dificuldades estejam distantes entre si e afastadas da chegada”, avalia José Poeira.
A alteração do local da competição motivou também a mudança do programa de corridas, passando o Mundial a contar apenas com provas na categoria de elite.
O Autódromo Enzo e Dino Ferrari será o epicentro da competição. O contrarrelógio disputa-se num traçado de 31,7 quilómetros, praticamente plano, com um acumulado de subida que não passa dos 200 metros.
A prova de fundo será integralmente disputada em circuito, o que acontece pela primeira vez desde Ponferrada, Espanha, em 2014. O circuito terá um perímetro de 28,7 quilómetros, que será percorrido 9 vezes, totalizando 258,2 quilómetros.
A corrida terá um acumulado de subida de 5 mil metros. As principais dificuldades estão centradas em duas subidas. A primeira tem uma extensão de 2800 metros, com uma inclinação média de 5,9 por cento. O primeiro quilómetro desta subida chega aos 13 por cento de inclinação, numa média de 9,6 por cento nestes mil metros.
A segunda subida, cujo final dista cerca de 13 quilómetros da meta, estende-se por 2800 metros, com uma pendente média de 6,4 por cento. Os 1300 metros da parte central da escalada têm rampas que alcançam os 14 por cento e uma média de 10,9 por cento.