Num ano em que a quantidade vai crescer 10 a 15%, em relação a 2019, a perspetiva é de uma safra ímpar e de altíssima qualidade. Esta é a previsão feita por José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada numa altura em que a vindima ainda está longe de terminar.
Em entrevista, o presidente da CVR Bairrada fala do momento que a fileira atravessa, fortemente marcada pela pandemia.
Qual a previsão para a vindima de 2020, em termos quantitativos e qualitativos?
Em termos quantitativos acredito que será uma vindima normal, ou seja, ainda que acima da do ano passado (que registou uma quebra), portanto em consonância com as médias da nossa região. Não haverá grande flutuação em relação a um ano normal. Em termos qualitativos, acredito que será uma vindima de altíssima qualidade. O tempo tem estado favorável e, até ao momento, será um ano de muito boa qualidade.
Portanto, em relação à vindima do ano transato, esta será melhor qualitativa e quantitativamente falando.
Esta será uma vindima de maior quantidade, mas normal (o ano passado foi abaixo da média dos últimos anos). Esta será uma vindima com 10 a 15% a mais do que a de 2019. Qualitativamente será claramente superior.
A instabilidade meteorológica, sobretudo na primavera fez aumentar as doenças (míldio) mas também os custos com tratamentos fitossanitário?
Este foi um ano que exigiu muita atenção e investimento na viticultura. Mas os casos de míldio foram tratados e desapareceram. E se não tivessem sido esses ataques de míldio, teríamos um ano de grande produção.
Como dizemos, este foi um ano para profissionais: exigente e que obrigou a muita atenção. Aliás, os produtores na região já estão habituados a estas questões devido à nossa localização geográfica, a influência atlântica e a proximidade do mar.
Ler entrevista completa na edição impressa ou digital de 17 setembro 2020. Publicação inclui ainda depoimentos de vários produtores da região sobre esta Vindima.