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Mealhada // Sociedade  

Aprovado novo modelo de gestão da Mata do Buçaco

Governo vai indicar o presidente do conselho diretivo da Fundação Mata do Buçaco. A componente de financiamento também tem alterações.

Está aprovado, em Conselho de Ministros, o novo modelo de gestão para a Mata do Buçaco. As mudanças, formalmente aprovadas na reunião do passado dia 9, implicam que seja o Governo, através do ministério que tutela as florestas, a indicar o presidente do conselho diretivo da Fundação da Mata do Buçaco (FMB), cuja composição terá também representantes dos ministérios da Economia e da Cultura. A Câmara da Mealhada vai também continuar a estar representada no conselho diretivo.

A componente de financiamento é fortemente alterada, “introduzindo-se aqui alguma justiça, porque não fazia sentido ser uma autarquia a ter a maior responsabilidade num monumento nacional, que é património do Estado. E com a agravante do Estado estar impedido de fazer transferências financeiras diretas para a Fundação encarregue da gestão deste património”, reagiu o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro.

“Como se viu, com a ausência de turismo no Buçaco, por causa da pandemia, a Fundação Mata do Buçaco (FMB) ficou praticamente sem receitas próprias”, conclui o autarca.

O líder do executivo mealhadense recorda que desde que assumiu os destinos da autarquia foi apoiando, “constantemente, a FMB, nomeadamente em obras de recuperação, substituindo-se, muitas vezes, ao Estado, na componente nacional”. “Tivemos que dar sempre este apoio à FMB nas mais diversas situações, desde a candidatura à UNESCO à recuperação do Convento de Santa Cruz que, como é público, estava num tal estado de degradação que originou até a que um quadro valiosíssimo de Josefa D’Óbidos tivesse ardido, perdendo-se esse enorme património, o que a meu ver podia ter sido evitado se tivesse havido um maior cuidado”, lamenta Rui Marqueiro.