A Câmara da Mealhada e a CIM – Região de Coimbra estão disponíveis para apoiar os empresários do concelho na transição para uma economia menos poluidora. O primeiro passo é fazer o diagnóstico dos investimentos necessários às empresas para que estas respondam cabalmente à diretiva europeia da neutralidade carbónica em 2050.
Esta foi a tónica da mensagem deixada aos 25 empresários mealhadenses que participaram, esta terça-feira, dia 6 de abril, na reunião conjunta que deu a conhecer o Fundo de Transição Justa, um mecanismo que está em negociação na União Europeia e que visa apoiar empresas na adesão a uma economia mais verde.
Rui Marqueiro, Presidente da Câmara de Mealhada, começou por sublinhar aos empresários presentes a oportunidade que este Fundo de Transição Justa pode significar para pequenas e médias empresas do concelho. “Apesar deste mecanismo estar ainda em negociação, em Bruxelas, em conjunto com o Pilar Social Europeu, pode ser o primeiro grande passo em direção a um futuro mais justo e sustentável para todos, no pós-pandemia”.
Após o contacto da CIM- RC para identificar projetos a incluir no plano, nomeadamente empresas com unidades de produção emissoras de gases de efeito de estufa (GEE), considerou ser essencial o envolvimento do tecido empresarial mealhadense, tendo, por isso, convocado a reunião e “colocando em contacto os empresários com a CIM- RC”.
Jorge Brito, Secretário Executivo da CIM- RC, na apresentação do Fundo, sublinhou que “todas as empresas têm como foco diminuir os custos de produção, pelo que o objetivo do Fundo é compensar as consequências sociais e económicas da transição verde”.
Explicou ainda que o Fundo apoiará a diversificação e a reconversão económicas dos territórios em causa. “Será necessário apoiar os investimentos produtivos em pequenas e médias empresas, a criação de novas empresas, a investigação e a inovação, a reabilitação ambiental, a energia limpa, a melhoria e reconversão profissionais dos trabalhadores, a assistência à procura de emprego, e a inclusão ativa de programas de emprego, bem como a transformação das instalações existentes com utilização intensiva de carbono, quando estes investimentos resultarem em cortes substanciais de emissões e proteção do emprego”.
O Plano Nacional Energia e Clima 2021-2030 prevê a eletrificação de setores industriais, a incorporação de fontes de energia renováveis e a eficiência energética como os principais fatores de descarbonização, juntamente com a promoção da economia circular e da inovação.
Para além do Fundo de Transição Justa, o novo mecanismo inclui ainda mais dois esquemas de apoio que funcionam numa lógica de empréstimo e de alavancagem: Fundo InvestEU, direcionado a empresas, e o Banco Europeu de Investimento, dedicado a apoiar entidades públicas.
Num encontro que reuniu vários empresários da área da restauração, foram ainda divulgados apoios muito direcionados ao setor, como o Programa de Apoio à produção Nacional, Programa Compete (Inovação do Sistema Produtivo), o Programa Apoiar, o Programa Seleção Gastronomia e Vinhos, e o Marketplace (loja virtual).
Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada, apela a que os empresários “olhem para estas possibilidades como uma oportunidade. Entrem em contacto com o Município para vermos de que forma poderemos apoiar-vos no aproveitamento destes mecanismos”.
Os detentores de pequenas e médias empresas interessados em participar neste diagnóstico com vista a integrar projetos de investimento no Plano Territorial do Fundo de Transição Justa, devem contactar o Município de Mealhada, para marcação de uma reunião, através dos seguintes contactos: gabpresidencia@cm-mealhada.pt/ 925653666.