A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, por unanimidade, no passado dia 19, uma posição contra a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de caulino na zona da Loureira, entre os Olhos da Fervença e S. Caetano. O plenário deliberou no sentido de subscrever os fundamentos invocados pelo executivo camarário na deliberação datada de 15 de março, na qual é rejeitada a implementação do projeto que mereceu parecer favorável da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Na Assembleia Municipal, Helena Teodósio lembrou que, logo que a Câmara Municipal tomou conhecimento do processo na fase de consulta pública, “mandou fazer uma avaliação técnica que concluiu haver diversos problemas e consequências nefastas que a extração de caulinos poderá acarretar para o território”.
Uma das maiores preocupações é com o impacto negativo que a exploração poderá causar nas nascentes dos Olhos da Fervença, para cuja envolvente já existe um ambicioso projeto de ampliação e requalificação da praia fluvial. “Estamos absolutamente contra o que configura um atentado ambiental aos recursos naturais, culturais e hídricos, uma vez que a referida exploração ficaria situada a menos de 500 metros da Zona de Proteção Intermédia e a menos de 1.000 metros à Zona de Proteção Imediata”, sublinha Helena Teodósio.
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