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Águeda // Sociedade  

Bombeiros: Segunda Equipa de Intervenção Permanente vai ser criada em Águeda

Esta equipa, constituída por cinco elementos, vai ficar afeta à Secção de Agadão dos Bombeiros Voluntários de Águeda.

A Câmara Municipal de Águeda, juntamente com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águeda (AHBVA) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), assinou, na última sexta-feira, em Vendas Novas, o protocolo para a constituição de uma segunda Equipa de Intervenção Permanente (EIP) no concelho de Águeda.

Esta equipa, constituída por cinco elementos, vai ficar afeta à Secção de Agadão dos Bombeiros Voluntários de Águeda, sendo os custos suportados em 50% pela Câmara de Águeda e os restantes pelo Estado, através da ANEPC.

O protocolo foi assinado por Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda; Manuel São Bento, presidente da direção da AHBVA; e Brigadeiro-General Duarte da Costa, presidente da ANEPC, numa cerimónia simbólica presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

“Esta equipa, que vai ficar na secção de Agadão dos Bombeiros de Águeda, é uma necessidade que vai ser suprida e que permite responder com eficácia e rapidez a qualquer situação emergente que possa ocorrer naquela zona”, disse Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda, salientando que este é “um passo significativo para garantir a segurança e o socorro das populações”, sobretudo tendo em conta que se trata de um local que está mais afastado do centro urbano “e que, por isso mesmo, precisa de um socorro mais próximo”.

Jorge Almeida salienta que a disponibilização de uma EIP em Agadão “resolve alguns dos problemas” existentes, ao mesmo tempo que abre caminho para iniciar novos projetos relacionados nomeadamente com a mancha florestal desta região “que é importante em termos ambientais e para a economia local”, mas que exige alguma atenção.

Para Manuel São Bento, presidente da direção da AHBVA, esta segunda equipa é “de extrema importância, não só porque constitui uma melhoria do apoio prestado às populações, como contribui para viabilizar o futuro da secção de Agadão”.

Na cerimónia nacional que decorreu em Vendas Novas, o ministro da Administração Interna, salientou que mais de dois terços das EIP existentes nas corporações de bombeiros foram criadas nos últimos três anos e meio, num total de cerca de 200. Na sua intervenção, Eduardo Cabrita referiu que, em 2020, o investimento em EIP foi de “cerca de 12 milhões de euros”, no qual participaram “municípios e o Estado central, através da ANEPC”.

“Dentro das opções estratégicas assumidas desde 2017 para reforço do sistema de proteção civil, uma das componentes essenciais é a aposta na profissionalização dos corpos de bombeiros voluntários”, disse o ministro.

Uma mudança no paradigma da resposta de emergência que é corroborada por Manuel São Bento, frisando que o futuro dos bombeiros, aos quais é exigido cada vez mais formação especializada e uma cada vez maior disponibilidade, é a profissionalização. Uma alteração no quadro da prestação de cuidados que está a ser desenvolvida, entre outros aspetos, com a criação de EIP em todo o país, contando, para tal, com o apoio dos municípios.

“É incontornável o papel dos municípios no sistema de proteção Civil”, disse o presidente da ANEPC, Brigadeiro-General Duarte da Costa, acrescentando que “não há proteção civil que sobreviva sem o apoio dos municípios”. Neste caso em concreto da constituição das EIP, os custos associados à contratação dos elementos de cada equipa são suportados em partes iguais entre a ANEPC e os municípios.

De referir que, na cerimónia simbólica de sexta-feira, foi protocolada a constituição de 60 EIP em todo o território nacional (15 na região Norte, 28 no Centro, sete em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Alentejo e quatro no Algarve), sendo 21 primeiras equipas e 39 segundas, envolvendo um total de 300 operacionais. Com estes novos acordos, estão no total protocolados em todo o país 402 EIP, sendo que 70% foram criadas desde 2017.

As EIP são equipas de bombeiros profissionais, são caracterizados pela elevada especialização, com conhecimentos em valências diferenciadas, para atuarem em diferentes cenários tendo em conta o cumprimento de missões da Proteção Civil.