O encerramento da valência de creche da Associação de Solidariedade Social O Recanto da Natureza, em agosto próximo, está a levar alguns encarregados de educação a questionar as opções de gestão da direção da instituição.
O encerramento daquele serviço, com 18 crianças, está formalmente assumido e a partir de agosto não receberá mais clientes. E tudo por questões financeiras, avançou ao JB a direção da instituição.
O assunto já era abordado há algum tempo, por entre os receios dos pais, que agora estão a insurgir-se contra a associação por ter tomado esta decisão. André Cardoso é um desses pais. Mantém duas crianças como clientes da instituição e diz ter sido surpreendido com a anúncio do fecho este ano.
“Isto revolta-me. O Recanto da Natureza não pode encerrar a creche alegando problemas financeiros, quando se nega a receber apoios da Câmara com o capricho de que não quer ter o rótulo de instituição de caridade”, diz, apontando que “o fecho da creche é um capricho do senhor presidente da direção. Nunca se fecha nada que tem elevada procura. Isto não faz sentido”.
O presidente da Associação, Manuel Justiniano, abordado para comentar esta situação, foi direto: “A creche não fecha por nenhum motivo que não seja económico. Não há problemas com pais, não há problemas com a Segurança Social. Só fecha porque a despesa é superior à receita”.
Referindo que esta decisão da direção foi à assembleia-geral, onde foi aprovada por 31 votos a favor e três contra, Manuel Justiniano lembra que os problemas financeiros da creche têm vindo a agudizar-se de há seis anos a esta parte, tendo um prejuízo acumulado de 63 mil euros neste período.
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