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Sociedade // Vagos  

Vagos: Centro Terapêutico para a demência ronda os 400 mil euros

Centro terapêutico, a construir no âmbito do Projeto “Vagos abraça a demência”, na parte sul dos terrenos da Santa Casa, deve ultrapassar os 400 mil euros.

Designado “Vagos abraça a demência”, a desenvolver pela Santa Casa da Misericórdia de Vagos e Câmara Municipal, o projeto foi apresentado publicamente. Trata-se de “promover uma melhor integração da pessoa com demência”, conforme referiu Sónia Ribeiro, coordenadora-geral da Santa Casa, sublinhando que é essencial “sensibilizar e consciencializar a comunidade vaguense”, para os comportamentos das pessoas com demência. E, acima de tudo, “aumentar e capacitar a rede de apoio ao cuidador informal”, através de atividades, sendo que algumas das quais “já estão a ser desenvolvidas”.

O objetivo, segundo Luciano Almendra, neurologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), permite desenvolver, no concelho, uma “comunidade amigável para pessoas com demência”, quando está em causa o “envelhecimento acelerado” de uma doença “sem cura, que vai progredindo”.

Para o neurologista, que caracterizou a demência como “um declínio progressivo no funcionamento da pessoa”, existem alguns fatores de risco como a idade, ou o histórico genético e/ou familiar. Porém, algumas causas podem mesmo ser “reversíveis perante uma intervenção médica, com tratamento farmacológico e não farmacológico”, explicou.

Daí que situação atual da doença, como reconheceu Adriana Capela, psicóloga do núcleo de apoio social da Câmara Municipal de Vagos, seja “cada vez mais alarmante”, e que o problema esteja a alastrar em Portugal e em todo o mundo. Preocupação relevante, partilhada pela mesa administrativa da Misericórdia local, com o provedor, Paulo Gravato, a reconhecer que a pandemia acabou por mostrar a “fragilidade das estruturas de saúde”, mais precisamente com a demência.

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