A Câmara Municipal da Mealhada e a Fundação Mata do Bussaco tencionam tirar o maior partido da nova medida financeira de 25 milhões de euros para recuperação de matas nacionais e perímetros florestais apresentada, recentemente, pelo Governo, na Mata Nacional do Buçaco.
Rui Marqueiro, presidente da Câmara , garantiu ao ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, no decorrer da cerimónia de apresentação do referido programa governamental, que o Município da Mealhada “procurará sempre, até ao limite das suas possibilidades, financiamento para continuar as melhorias na Mata do Bussaco”.
A União Europeia atribuiu a Portugal 45 milhões de euros para o programa “Resiliência dos Territórios Face ao Risco”. Destes, 25 milhões serão afetos à recuperação de matas nacionais e perímetros florestais (com mais de metade desta fatia), sendo os restantes distribuídos por ações de rearborização de áreas desérticas do interior do país, e desenvolvimento de viveiros florestais públicos e de sementes.
É nesta categoria, dotada com 25 milhões de euros e reservada para a recuperação e manutenção dos territórios submetidos ao Regime Florestal (Matas Nacionais e Perímetros Florestais), que autarquia da Mealhada e a Fundação Mata do Bussaco acreditam poder ser elegíveis. “Estamos a trabalhar nesse sentido, uma vez que os avisos de concurso serão feitos ainda em agosto e setembro e o dinheiro terá que ser gasto até 2023”, sublinha Rui Marqueiro.
O autarca lembra que a Mata do Buçaco é a “jóia da coroa” do Município da Mealhada, o que justifica que a autarquia tenha assumido o custo da componente financeira nacional nas várias obras de requalificação que ali têm sido desenvolvidas, nomeadamente a Recuperação do Convento de Santa Cruz e ermidas da Via-Sacra. Recentemente, a Câmara da Mealhada adjudicou – e já obteve visto do Tribunal de Contas – a obra de requalificação das antigas garagens do Palace Hotel do Buçaco, que serão convertidas num espaço de acolhimento ao visitante.