A Associação Empresarial de Águeda (AEA) já reagiu aos anunciados aumentos das tarifas de eletricidade, numa carta enviada ao primeiro-ministro.
Nesta missiva, em representação das suas empresas associadas, a AEA reclama e protesta pelo “aumento exagerado, injustificado e brutal dos preços da eletricidade”.
“Senhor primeiro-ministro, não há razão para que, em apenas 12 meses, o preço da energia elétrica tenha aumentado mais que o dobro para as empresas industriais, bem como para consumidores domésticos”, começa aquela associação empresarial.
Pegando em notícias recentes que davam conta que a eletricidade atingiu preços recorde de 150 euros por megawatt/hora (MWh) quando há um ano atrás estava abaixo dos 50 euros/MWh, a AEA sublinha que “este aumento é dramático para as empresas industriais que não o conseguem fazer refletir nos preços dos produtos finais. Isto vai, indubitavelmente, afetar todos os consumidores de forma brutal – particulares e empresas, dependendo do vencimento do contrato que têm atualmente em vigor”.
Perante isto continua a Associação – a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “uma vez mais, revela total inoperância, mostrando ser uma entidade ao serviço das empresas distribuidoras e produtoras, ignorando as consequências destes aumentos e a defesa dos interesses de bem-estar das famílias e da competitividade das empresas nacionais”.
“A AEA, à semelhança do que está a acontecer em Espanha, vem reclamar a adoção de medidas urgentes com vista a reduzir o impacto que estes aumentos escandalosos irão ter sobre as empresas portuguesas, bem como reclamar a descida da taxa do IVA nas faturas de eletricidade para a taxa reduzida”, conclui.