C/LUSA
Uma antiga agente de execução com escritório em Águeda confessou em tribunal, na terça-feira, que se apropriou de perto de 200 mil euros em penhoras e vendas em processos executivos.
A arguida, de 53 anos, que responde por um crime de peculato, confessou no início do julgamento, no Tribunal de Aveiro, que praticou aqueles atos, admitindo que houve “falhas” nos valores recebidos, não quantificando os valores.
“Não fiz por mal. Se fosse hoje não tinha feito”, disse , manifestando arrependimento.
A agente de execução, que tinha escritório em Águeda, afirmou ainda que não pretendia lesar ninguém e tinha a expectativa de resolver a situação.
“Sempre pensei que conseguia recuperar tudo, só que cheguei a um ponto em que perdi o controlo”, disse.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a arguida apropriou-se indevidamente de cerca de 194 mil euros, entre 2008 e 2014.
O MP também requereu a aplicação à arguida de uma pena acessória de proibição do exercício de funções.