O antigo Hospital Colónia Rovisco Pais, que foi a única leprosaria do país, vai ter um núcleo museológico, que abriu esta terça-feira, no Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, na Tocha, Cantanhede.
O núcleo, instalado numa das alas da capela que integra o complexo de edifícios daquele centro do distrito de Coimbra, “revela ao público, pela primeira vez, um conjunto significativo de património cultural e científico do antigo hospital”, refere uma nota de imprensa. A exposição dá a conhecer a história da medicina, da saúde e da assistência social durante a época em que a lepra se propagou em Portugal.
“O percurso expositivo convida o visitante a conhecer a última leprosaria portuguesa, criada em 1947 e extinta em 1996, através de fragmentos do passado – objetos, fotografias e documentos vários – representativos das atividades desenvolvidas no hospital”, adianta a nota, destacando que proporciona, igualmente, “uma viagem no tempo, à história da Medicina, da saúde e da assistência social no século XX durante a época em que a doença de Hansen [lepra] proliferou em Portugal”.
O espaço museológico, há muito ambicionado, está dividido em seis áreas temáticas: “Hospital Colónia Rovisco Pais, a última e única leprosaria nacional”, “Cronologia do combate e erradicação da doença de Hansen em Portugal”, “A doença e os doentes”, “O laboratório, a farmácia e os tratamentos”, “A assistência clínica”, “O quotidiano na aldeia terapêutica” e “A assistência à família dos doentes de Hansen”.