Não por iniciativa própria, mas por quem manda, e depois de 22 anos ligado ao Anadia Futebol Clube, 17 anos como atleta e 5 como diretor técnico/diretor desportivo, Nuno Branco foi despedido destas últimas funções na última segunda-feira, dia 4.
“Alguns meses depois do clube se ter transformado numa SAD, ontem (n.r. dia 4 de outubro) chegou ao fim a minha ligação à mesma. Fui informado pelo presidente e administrador Mundeok Chung (Akira Nakamura) e sem qualquer motivo ou justificação, que estava demitido do meu cargo com efeitos imediatos.”
O ex-defesa central e ex-capitão dos Trevos, que entre outros clubes jogou ainda no Águeda, Oliveira do Bairro e Pampilhosa, escreve no seu comunicado que “foi com grande orgulho que enquanto jogador ajudei o clube a alcançar a subida à 2.ª divisão. No seguimento desse feito e já depois de pendurar as botas, no dia da despedida coloquei um desafio a mim mesmo. Desafio esse, que era ter tanto ou mais sucesso na função diretiva no clube do meu coração, como aquela que tive enquanto atleta”.
Nuno Branco diz que “para sempre, com um orgulho gigante, ficará na minha memória e sem querer ser presunçoso a forma como fui a pedra basilar daquela que foi a chegada ao ponto mais alto da história do nosso Anadia Futebol Clube, com a subida à Liga 3”.
Depois de no ano transato o Anadia ter conseguido uma época de glória, em que por um ponto não subiu à Liga 2, “este não era definitivamente o desfecho esperado e que alguma vez imaginei para esta viagem”.
O ex-diretor técnico/diretor desportivo deixou uma palavra de agradecimento a todos os sócios e adeptos que sempre o consideraram e respeitaram, a todos os jogadores e treinadores que nele confiaram e aceitaram o seu convite para virem defenderem as cores do clube, a todos os que trabalharam arduamente ao seu lado e ajudaram diariamente a fazer crescer o Anadia Futebol Clube e a colocá-lo no patamar onde se encontra.
“Saio com tristeza mas com um imenso orgulho de nunca ter prescindido dos meus valores e princípios no desempenho das minhas funções e de sempre ter dado o máximo de mim a cada jornada de luta”, concluiu.