O Recanto da Natureza está prestes a concluir a maior transformação energética da história desta IPSS, resultado de um investimento superior a 150 mil euros, anunciou o seu presidente.
De acordo com Manuel Justiniano, em breve serão montados 99 painéis (39.6 KW) fotovoltaicos como forma de minimizar os custos energéticos, destinando-se ao autoconsumo. Este investimento é de 60 mil euros e deverá ser amortizado por completo em 100 meses, o que trará uma economia de 47% na fatura energética.
Manuel Justiniano recorda que esta transformação energética começou a ser implementada com a aquisição de um gerador, que teve um custo de cerca de 26 mil euros, logo no início deste mandato – trata-se do último mandato de Manuel Justiniano, podendo ainda ser renovado, legalmente, por mais 4 anos.
“Foi propósito da direção, garantir um fornecimento contínuo de energia. Ou seja, se existir alguma instabilidade no fornecimento, seja originado pela empresa de eletricidade, seja por condições relacionadas com alterações meteorológicas, o Recanto da Natureza nunca fica às escuras”, afirmou o dirigente associativo.
Este responsável frisou ainda que o plano estratégico de investimentos na área da energia foi despoletado pela tempestade Leslie, que nessa ocasião deixou de facto muitas instituições de solidariedade social às escuras.
Fatura energética tem diminuído
Em 2020, seguiu-se a montagem de um Posto de Transformação (PT), com a capacidade de 160 KVA, como forma de terminar, definitivamente, com os constantes problemas de fornecimento elétrico com que a instituição se confrontava e que provocavam, diariamente, elevados prejuízos.
Um processo, como relembra, “muito complicado e que se arrastou por vários meses e que, felizmente, chegou a bom porto, acabando, definitivamente, com os cortes de energia que muitas vezes eram superiores a uma dezena”.
Já em meados de 2021, Manuel Justiniano avançou com a remodelação de todo o sistema de aquecimento da instituição, substituindo o aquecimento a gasóleo por modernos radiadores a energia elétrica e com controlo digital, assim como foram também instaladas bombas de calor.
“Esta alteração, há muito desejada, só podia ser executada se o fornecimento de energia elétrica estivesse estabilizado, o que aconteceu com a montagem do PT”, acrescentou.
Com este investimento, o Recanto da Natureza começou, rapidamente, a ver a sua fatura energética a diminuir, reduzindo, por outro lado, drasticamente, o consumo de gasóleo.
Todos estes investimentos tiveram sempre em conta o conforto dos utentes, sublinha Manuel Justiniano, afirmando que “os nossos utentes estão sempre em primeiro lugar”.
O presidente da direção diz ainda não ter dúvidas de que esta transformação energética, que operou durante estes anos, é “um trabalho que me deixa muito orgulhoso e com uma enorme sensação de dever concluído”.
Sobre a possibilidade de continuar, durante mais quatro anos, à frente da instituição, Manuel Justiniano é parco em palavras, apenas sublinhando que “para já é importante completar este mandato, o que acontece até ao final do ano. Depois logo se vê, pois o futuro só a Deus pertence”.