Assine já


Saúde // Sociedade  

Nova unidade de rastreio de cancro da mama visa recuperar atrasos no diagnóstico

A Liga Contra o cancro estima que, no contexto pandémico de Covid-19, o cancro matou 30.168 pessoas em Portugal em 2020, número que tenderá a crescer nos próximos anos face aos atrasos do diagnóstico e tratamento.

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) assinalou ontem, dia 4 de fevereiro, o Dia Mundial do Cancro com a inauguração de uma nova unidade móvel de rastreio de cancro da mama, em Pombal, destinada à Região Centro. Trata-se de uma unidade adicional que se junta às anteriores oito unidades móveis, adquiridas pelo Núcleo Regional do Centro em 2019/2020.

Com o custo aproximado de 350 mil euros, este valor acresce aos anteriores 3,5 milhões de euros de investimento no diagnóstico precoce de cancro da mama, na região centro.

Estas unidades e equipamentos de mamografia são dotados de tecnologia mamográfica digital direta e preparados para a tomossíntese.

Neste Dia Mundial do Cancro, a LPCC traça um retrato preocupante da realidade oncológica em Portugal no contexto pandémico de Covid-19, estimando que o cancro matou 30.168 pessoas em Portugal em 2020, número que tenderá a crescer nos próximos anos face aos atrasos do diagnóstico e tratamento.

Nesse sentido, de acordo com o Professor Vítor Rodrigues, Presidente da Direção da LPCC.NRC, “esta nova unidade, adicional às que estavam já em funções, pretende reforçar a recuperação dos atrasos de diagnóstico decorrentes do encerramento do rastreio durante 3 meses, em 2020, e de alguma dificuldade de normalização posterior. Embora, neste momento, a atividade de rastreio de cancro da mama esteja normalizada, urge resolver os atrasos entretanto verificados no mais curto prazo de tempo”.

De salientar que esta política de investimento decorre de recursos próprios decorrentes das atividades de angariação de fundos na comunidade, desenvolvidas pelo Núcleo Regional do Centro da LPCC.

A incidência de cancro tende a aumentar em todo o mundo, morrendo anualmente cerca de 10 milhões de pessoas, o equivalente à população de Portugal. Nesse sentido, o DMC visa consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro. “Por cuidados mais justos- Juntos criamos a mudança” é o tema da nova campanha de três anos para esta efeméride, um dos mais importantes dias de consciencialização da saúde, que tem como foco a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde.