Provedor, há vários mandatos, da Santa Casa da Misericórdia de Vagos, António Paulo Gravato considera que os custos adicionais, provocados “pelas restrições e exigências da pandemia”, terão causado à instituição um impacto negativo nas contas.
Prejuízo de cerca de 55 mil euros, apesar os apoios, por parte do Estado e de muitas entidades privadas, terem refletido um significativo aumento, garante aquele dirigente, que destaca o papel “excecional” das equipas de colaboradores (140 no total), as quais “souberam sempre, profissional e solidariamente dar o seu melhor contributo”.
Aprovado em março, em assembleia geral ordinária, o Relatório, Contas e parecer do Conselho Fiscal referente a 2021, reflete a alegada instabilidade dos mercados e a subida de preços, que põe em causa os investimentos previstos. Segundo é referido, as obras projetadas com orçamentos de novembro, sobem agora “40% em relação ao valor estimado”.
Pisar terreno seguro, continuar uma gestão responsável e percorrer o caminho pouco a pouco, mas sem sobressaltos – é a “receita” anunciada por Paulo Gravato, para o futuro. De referir que, para fazer face à liquidez (resultado positivo de 42 mil euros), a mesa administrativa decidiu, durante o exercício de 2021, proceder à alienação de três imóveis, pertencentes à Misericórdia. Mas é expectável que no corrente ano sejam alienados mais imóveis.
Eduardo Jaques/Colaborador