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Águeda // Sociedade  

Águeda ficou mais pobre com falecimento do “Braz dos Kiwis”

Comerciante e poeta popular muito querido de Águeda partiu aos 90 anos.

Fernando Braz da Costa, carinhosamente rotulado em Águeda como Braz dos Kiwis, faleceu esta terça-feira. Tinha 90 anos de idade.

O funeral realiza-se na próxima sexta-feira, dia 22, às 17h, saindo da capela mortuária da Igreja de Águeda, para o cemitério de S. Pedro. O corpo encontra-se em câmara ardente na capela mortuária, na sexta-feira, a partir das 15h.

Fernando Braz da Costa nasceu a 1 de fevereiro de 1932. Comerciante e poeta popular, dedicou grande parte da sua vida a cantar a sua terra. Entre as suas obras figuram “Águeda Que eu Vivi”, “Os Feitos dos Lemos da Trofa” e  “Poemas da Minha Lavra”.

Este aguedense ilustre, que partiu esta terça-feira, tem várias peças da sua obra publicados em jornais da região, muitas delas assinadas com o pseudónimo Braz dos Kiwis, alcunha criada pela rubrica de humor e sátira, Clube da Venda Nova, do Jornal Soberania do Povo.

Fernando Braz da Costa iniciou a sua atividade comercial a vender fruta de porta em porta com o auxílio de um carro-de-mão e mais tarde de uma motorizada, até à aquisição do seu primeiro furgão.

Estabeleceu-se na baixa da cidade em 1966 onde geriu a Casa Braz durante mais de quatro décadas. “Frutas das Melhores Procedências” era o grande slogan deste negócio do empreendedor poeta, que mais tarde alargava o seu comércio à doçaria tradicional da região.

Águeda e a região não esquecerão este poeta do povo, que ainda em vida viu a cidade prestar-lhe uma das muitas homenagens, no mural das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho, com a inscrição “Tão Bela e Preciosa”, extraída do seu poema “Águeda que eu vivi”.

Para sempre fica o o seu cumprimento e palavra de ordem para com os muitos amigos que granjeou na vida, num simples e improvisado: “Very well, batatas com a pele”.